- 03 de abril de 2019

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Baby boomers VIPPES

candidados_vippes…(especialmente Grã Bretanha e França), Estados Unidos, Canadá ou Austrália. Depois da II Guerra Mundial estes países experimentaram um súbito aumento de natalidade, que ficou conhecido como baby boom. A geração baby boomer torna-se uma parte substancial da população norte-americana. Representando cerca de 20% do público americano, os baby boomers têm impacto significativo sobre a economia. Como resultado, os baby boomers são muitas vezes o foco de campanhas de marketing e planos de negócios.

Há seis anos, a Universidade de Cincinnati apresentou o que chamou um “consórcio incomum” entre seus estudantes, a faculdade e corporações como a Procter Gamble Co., o colosso dos produtos de consumo sediado perto da universidade. A meta do grupo: pesquisar e desenvolver ideias de artigos para consumidores de 50 anos ou mais, os VIPPES.

O mundo nunca viu um mercado tão poderoso com quase US$ 3 trilhões para gastar somente nos EUA, afirmou a instituição. As necessidades do segmento estavam “insatisfeitas”, o que requeria uma revisão dos modelos para encontrar o “ponto certo” entre essas necessidades e as possibilidades de produção.

Eles ainda estão procurando. Este segmento de consumidores é um dos mais fáceis de serem abertos em termos de necessidades e de desejos. Aliás, poucos no mercado estão preocupados com eles.

A P&G e parceiros corporativos como a Boeing Co. e a fabricante dos biscoitos Oreo, a Mondelez International Inc., completaram 37 projetos com a participação de mais de 50 universidades e especialistas. Além disso, cerca de 80 cidadãos idosos contribuíram com suas opiniões e mais de 500 estudantes de design, arquitetura, engenharia, negócios e enfermagem.

Necessidades insatisfeitas

Eles descobriram que os VIPPES tratam seus animais de estimação mais como netos do que como filhos, e os mimam como tal. Eles criaram modelos biomecânicos da mão humana para entender as dificuldades dos consumidores com artrite para abrir garrafas. E pensaram muito sobre como facilitar a viagem da vovó pelo aeroporto.

O que eles não fizeram foi comercializar um produto. Eles ainda estão procurando aqueles pontos de equilíbrio – as necessidades insatisfeitas e muitas vezes não articuladas dos consumidores mais velhos, que por décadas têm sido ignorados por gerentes, anunciantes e designers de produtos obcecados pela juventude.

Poder aquisitivo

É nesse ponto que as companhias têm errado até agora. Um erro que lhes custará caro: em 2017, quase metade da população adulta nos EUA terá 50 anos ou mais e controlará 70 por cento da renda disponível, segundo a seguidora de dados Nielsen. Em 2050, haverá 161 milhões de consumidores nessa faixa etária – um aumento de 63 por cento desde 2010.

Mas os idosos de hoje estão procurando novas experiências, e dois terços deles planejam investir mais tempo em trabalho, hobbies, interesses… Eles não param mais e em termos de marketing, são “conquistáveis”.

Uma pesquisa com 3 mil consumidores de mais de 60 anos realizada pela consultoria A.T. Kearney descobriu que eles não são particularmente suscetíveis aos preços. As gerações anteriores de idosos eram frugais, mas há sinais de que os baby boomers – um grupo inserido na cultura de consumo como nenhum outro antes – gastam bem como VIPPES, ou seja, o tamanho da onda lhes dá um poder aquisitivo nunca visto em um grupo emergente de idosos.

Mona C. Cury