- 07 de abril de 2019

Viação VIPPES

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Nas grandes cidades os serviços de transportes coletivos sempre estão aquém das necessidades. Em todos os aspectos: quantidade, qualidade, conforto, atendimento. O que fazer em relação aos VIPPES?

viacao_vippesÀ medida que os VIPPES de 50 anos em diante vão se multiplicando os transportes vão se tornando mais inadequados. O próprio metrô não consegue construir uma estrutura que atenda razoavelmente a classe dos menos jovens. Atualmente em várias cidades de grande porte as pessoas de 50 anos em diante precisam pensar duas vezes antes de se aventurarem a se locomoverem pela via mais rápida.

Ônibus é outro caso complicado. Boa parte deles não oferece condições nem para que os passageiros mais velhos consigam vencer os degraus das portas de entrada. Pequena parte da frota atende às necessidades e condições físicas dos “veteranos”.

Táxis poderiam resolver muitos casos, mas em razão da característica mais individualizada, a quantidade não seria comportada pela estrutura viária das cidades.
Mesmo nas pequenas e médias cidades sem metrô e sem corredores de ônibus, os VIPPES teriam dificuldades em sua locomoção.

Uma solução que poderia resolver parcialmente o grande volume de transporte de VIPPES no Brasil envelhecido é a utilização de vans especialmente adaptadas. Já existem alguns tipos de vans especiais para deficientes físicos e cadeirantes. Alguns tipos até serviriam também para VIPPES, mas o problema é que estes não querem ser tratados como se fossem deficientes ou doentes.

E não são realmente!

As vans para transporte de idosos deveriam ser apresentadas como veículos de transporte qualificados para eles como passageiros normais com características próprias da idade, mas não como doentes ou deficientes. Como em todos os produtos e serviços existentes na sociedade, várias classes de vans poderiam ser comercializadas para empresas estatais ou particulares de transporte público. O transporte não seria gratuito ainda que parte do sistema devesse ou pudesse ser subsidiada pelo Estado em suas três esferas (federal, estadual e municipal).

As linhas seriam definidas conforme levantamentos realizados por entidades especializadas e os pontos de saída (adequados também) e de destino, bem como o trajeto,  seriam definidos como aqueles que melhor se prestariam para o transporte de idosos (evitar vias de velocidade muito elevada ou com excesso de curvas, desníveis, lombadas e congestionamentos insuportáveis). Os horários de funcionamento poderiam evitar o “rush” e nos sábados, domingos e feriados, parte da frota poderia ser mantida para programas de lazer. É fundamental que as vans sejam preparadas com a ótica de transporte específico para idosos e que os motoristas tenham um preparo condizente com a finalidade estabelecida.

Centenas de municípios poderiam contar com essas vans  que, com certeza, poderiam operar diariamente transportando VIPPES para clubes, academias, restaurantes, clínicas, hospitais, escolas, passeios, médicos, centros de convivência e todos os locais que fossem convenientes para aqueles que gostariam de viver o mais normalmente e ativamente possível.

Empreendedores poderiam ser orientados sobre as novas oportunidades de negócios criadas pelo envelhecimento populacional e com justificativas baseadas nas novas necessidades da sociedade. Com certeza conseguiriam financiamentos e apoio governamental para iniciativas inteligentes.

Será que as vans não se enquadram nessa condição?

Germano Hansen Jr.

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