- 05 de abril de 2019

Cadeiras de Rodas

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Cadeiras de Rodas Tecnológicas. Em 1980, portanto há pouco mais de trinta anos atrás, os VIPPES com mais de setenta e cinco anos não chegavam a um milhão e meio. A grande maioria sem condições físicas.

cadeira de rodas_divulgacaoE por falta também de condições sociais e econômicas, os VIPPES eram colocados de lado na vida ativa da Sociedade.

A predominância de mulheres era significativa, principalmente nos grupos a partir dos noventa anos.

Sem a possibilidade de sair, passear e aproveitar a vida, esses VIPPES não precisavam de acessórios que lhes permitissem manter o máximo da normalidade cotidiana. Cadeiras de rodas, na prática, eram meios de locomoção para pessoas de qualquer idade que em razão de doenças, acidentes e malformações, ainda ofereciam condições para uma vida mais longa e com relativa independência.

Em alguns shopping-centers, raramente em super-mercados ou grandes lojas, excepcionalmente em restaurantes e quase nunca em outros lugares, encontrar uma cadeira de rodas era uma busca infrutífera. Sem levar em conta a qualidade das cadeiras, peças anacrônicas e de difícil manejo.

Mas a transformação que explode os conceitos e arrebenta com os hábitos seculares, aponta mais de cinco milhões de VIPPES com mais de 75 anos, ou três milhões e meio a mais de pessoas em relação a 1980. E para daqui a apenas dezessete anos a mais (menos de 6.300 dias), esse exército mais saudável, mais preparado, mais poderoso, mais proporcionalmente numeroso que em toda a história brasileira, passará de onze milhões de VIPPES (e em 2050 alcançarão mais de vinte e dois milhões). Por outro lado,  os cinco e pouco milhões de VIPPES de hoje não são os “velhinhos” decrépitos de 1980, mas pertencem a um grupo de homens e mulheres razoavelmente mais saudáveis e mais preparados para participarem de boa parte das atividades normais da vida em sociedade. Lamentavelmente, as pessoas com saúde pior não alcançam muita longevidade.

E as cadeiras de rodas?

As dificuldades para encontrá-las são as mesmas. Basta ir a qualquer lugar público ou a qualquer centro comercial para ver dezenas e dezenas de VIPPES de boas condições físicas locomovendo-se aqui e ali. Entretanto, também se pode verificar dificuldades para algumas famílias que trazem pais e avós com deficiência locomotora e não conseguem meios e recursos para efetivar o passeio porque não encontram nem espaço adequado para circulação e nem cadeiras de rodas que facilitariam a locomoção desses VIPPES de nova geração.cadeira de rodas

É comum a “fila da cadeira de rodas” onde dois ou três VIPPES aguardam uma vaga na única cadeira que o Shopping possui.

Como as mulheres ainda são maioria ativa entre os VIPPES, será que elas já foram ouvidas para palpitar sobre o designer da peça, o acabamento e as conveniências que  deveriam proporcionar?

Com certeza, precisamos nos conscientizar que enquanto os carrinhos de bebê apresentam uma variedade de modelos, recursos e preços que permitem a todos os casais passearem e exibirem com orgulho os seus herdeiros, as cadeiras de rodas são anacrônicas, na maioria muito feias, pouco práticas e não disponíveis nas quantidades necessárias.

O problema é que o mercado de carrinhos de bebê está se reduzindo de forma quase alarmante e o mercado dos VIPPES cresce geometricamente e os acessórios para eles não estão disponíveis ainda.

A sociedade precisa se lembrar que o chapéu já foi um acessório imprescindível e hoje não serve nem mais para pedir esmola. Em compensação, capacetes que eram apenas para soldados, hoje fazem parte do arsenal da vida civil.
Precisamos de cadeiras de rodas modernas, tecnológicas, simples de usar, de modelos e preços diversos para VIPPES homens e mulheres que ainda querem viver com saúde, intensidade e esperança até da imortalidade.

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