A Internet Ainda Engatinha

Quando Gutemberg inventou a imprensa, não imaginou que algum dia não haveria mais necessidade da palavra impressa. Imaginem que o dia em que isso aconteceu foi depois de 500 anos de uso contínuo das prensas. Só que a Internet ainda não é um produto acabado. Em termos práticos pode-se afirmar que a Internet ainda engatinha. Quando será que vai andar? Quando será que vai correr? Será que um dia voará? Ela mal nasceu e para quem é tão novata, até que engatinha bem. Por que estamos falando nisso? O tema é Delivery. O que Delivery tem a ver com a Internet engatinhar? Basta entrar em vários sites e portais que pretendem atender adequadamente ao sistema Delivery e depois da consulta, sair sem comprar nada e ainda lamentar o tempo perdido por não encontrar os produtos de interesse. Ou então, abrir muitas janelas com uma única informação: janela em construção, ou tema em construção, ou ainda: em construção. Ora, como se pode pensar outra coisa da Internet a não ser que está ainda em construção? Alguém pode alegar: “- Mas o que está em construção é o site e não a Internet, que está aí, pronta e acabada”. Puro sofisma! A Internet não é apenas uma via eletrônica de comunicação, mas um conjunto de processos de comunicação. Chamamos Internet o sistema operacional eletrônico composto de máquinas, equipamentos, satélites, operadoras e de programas inteligentes preparados por analistas, programadores e alguns gênios lógicos. Assim, quando um usuário, um potencial consumidor procura alguma coisa na Internet, espera que o sistema acessado opere com segurança, rapidez e confiabilidade. Quando se fala “navegar na Internet” a ideia é estar em uma nave que viaja célere pelo mundo do conhecimento suportada por uma tecnologia fantástica. E o que se encontra: “página em construção, janela em construção, tudo em construção”. Há uma decepção. Não dá para esconder ou se fingir que não se vê ou não se percebe. Como empresas estão na Internet sem estarem prontas? Como navegar em meio a naves defeituosas, incompletas e que causam a preocupação de insegurança generalizada. Por que esses sites estão em construção? Por que não estão acabados? De quem é a culpa? Quem é que está falhando? Empresas de tecnologia operacional ou empresas especializadas que desenham os sites? Ou serão os satélites sem energia suficiente para fazer funcionar os sites? Os jornais e revistas impressas nunca saem com páginas em construção. Todo o espaço útil é ocupado e “útil”. Gutemberg já diria isso. Germano Hansen Jr