A mudança no perfil dos VIPPES acarreta também alteração nos hábitos e costumes das pessoas acima de 50 anos. Seus representantes formam um grupo bastante heterogêneo de consumidores.
Hoje, dispõem de tempo para fazer compras. Vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana. Têm uma renda boa e, efetivamente, também trabalham, é claro.
Ao contrário do que se pensa, esse público não é nada conservador. Nos últimos 10 anos, a renda desse grupo vem melhorando e a população com 50 anos ou mais representa, aproximadamente, mais de 20%. Isso possibilita que ele tenha variadas atividades e, portanto, as planeje melhor.
É possível conhecer os principais hábitos dos longevos brasileiros e como aproveitar seu potencial de consumo:
Realidade: Muitos VIPPES são responsáveis por boa parte dos rendimentos da família — já que continuam trabalhando mesmo depois de aposentados. Durante o tempo livre, eles gostam de atividades que exigem certa disposição e retardam a sensação de envelhecimento, como frequentar um curso, ir a botecos ou viajar com os amigos. Reforçando: não deixam de continuar trabalhando.
Mito: Depois de aposentados, os VIPPES ficam em casa cuidando da família e aproveitando o tempo livre. Homens, de pijama. Mulheres, tricotando. Mas, muitos agora, já se aventuram em projetos pessoais mais arrojados, para começar uma nova carreira, depois dos 50 anos.
Oportunidade: O número de brasileiros com mais de 50 anos deverá triplicar daqui a uns 30 anos. Fornecedores de serviços como academias de ginástica e outras atividades físicas, nutricionistas e agentes de viagens podem ser úteis para esse público atingir seus objetivos de inclusão, como vem alertando este Portal VIPPES Negócios. Outro mercado importante: muitos idosos ainda têm dificuldade para incorporar a seu dia a dia produtos e serviços que envolvam novidades tecnológicas. Por mais interessados que estejam, poucos se tornam clientes fiéis se não tiverem explicações detalhadas de como usar smartphones e laptops. Este é mais um nicho à disposição.
E, ao contrário do que se pensa, esse público não é nada conservador. Com todas estas características, os VIPPES já estão deixando de passar despercebidos diante dos olhos do mercado. Hoje, as estratégias de marketing, para atrair esse público, começam a visá-lo com mais “carinho”.
Mona C. Cury