Uma das grandes dificuldades para quem cuida de VIPPES acamados é o banho. Higiene é o mais imprescindível item da boa saúde de todos que são obrigados a permanecer deitados.
O mercado já conta com produtos especiais para VIPPES e que substituem os banhos convencionais. É um processo complicado e temerário levar o paciente acamado para um banho.
Se for obeso, a dificuldade aumenta ainda mais. Para o paciente “saudável” onde o maior problema é exatamente a impossibilidade de locomoção, duas pessoas são necessárias para “carregá-lo” para o chuveiro.
Outra possibilidade é o “banho seco” com toalhas úmidas e que podem ser aquecidas até em fornos de micro-ondas. Evita o trabalho insano de tirar o paciente da cama e pode ser realizado por uma só pessoa. Existe a “cadeira de banho” com rodinhas. O paciente é colocado na cadeira e conduzido até o chuveiro onde pode tomar um banho de melhor qualidade
Cada caso terá a solução que melhor atende as possibilidades.
Essas três alternativas resolvem satisfatoriamente o desafio do banho, mas muito ainda pode ser desenvolvido. As “cadeiras de banho” apresentam poucos modelos e recursos. As pessoas que cuidam de VIPPES acamados sabem que após um cansativo banho, levantar o paciente da cadeira para a cama é um esforço adicional considerável. Uma só pessoa “apanha” um bocado para completar a operação; duas pessoas “apanham” menos, mas “apanham” também para terminar o banho tão necessário.
Será que toda essa operação não poderia ser facilitada com camas e cadeiras de banho melhor projetadas para os aspectos práticos da utilização? Não seria possível um mecanismo simples de elevação? Centenas de milhares de VIPPES precisarão desses aperfeiçoamentos para ter melhor qualidade de vida, pois a maioria é “saudável” e a imobilidade é a única grande barreira a vencer.
Por outro lado, os cuidadores profissionais ou parentes e amigos, teriam mais disposição e menos preocupação com a hoje “temida” hora do banho.
A cadeira é um item.
A cama é outro item.
Camas hospitalares são ótimas, para pacientes hospitalares. Não há necessidade de uma cama hospitalar para um VIPPES acamado saudável. Mas uma cama comum, normal, não é adequada para ele. É preciso que haja mais modelos de camas desenhadas para residências e que não sejam hospitalares, mas que atendam às necessidades básicas de pacientes saudáveis acamados.
Seria possível transformar uma cama em “cadeira de banho”? Ou mesmo em uma cadeira que também poderia ser de banho?
Já existe o sofá-cama, a “cadeira do papai” ou “do vovô”. Uma “cadeira-cama” ou “cadeira-cama-cadeira de banho” para VIPPES acamados pode se tornar uma novidade disputada daqui para frente, com certeza.
Naturalmente os modelos terão faixas de preços diferentes em razão do poder de compra dos VIPPES, mas é importante que se tornem disponíveis no menor prazo possível já que a demanda é crescente e contínua.
Torquato Morelli
