- 07 de abril de 2019

Estudar inglês

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Alunos aprendem inglês com VIPPES americanos. Projeto da escola CNA promove intercâmbio entre culturas e oferece a oportunidade do estudante participar de uma conversa real.

estudar_inglesDe um lado, estudantes brasileiros que desejam treinar o inglês. Do outro, VIPPES  americanos que buscam alguém para conversar. Entre eles, apenas uma ferramenta de videochat,  que permite a comunicação à distância pela internet. Com essa proposta, o vídeo de divulgação do projeto Speaking Exchange, da rede de escolas de idiomas CNA, já alcançou mais de 900 mil visualizações no YouTube em apenas uma semana. Além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades orais do idioma, a ação que chamou atenção na internet também pode incluir outras experiências interessantes.

O projeto-piloto do Speaking Exchange foi realizado com a participação de 30 alunos do nível avançado da unidade do CNA Liberdade, localizado na região central de São Paulo, e 12 idosos da casa de repouso Windsor Park, em Chicago. De acordo com Luciana Fortuna, diretora de marketing do CNA, o objetivo da ação era unir os conhecimentos que são apresentados em sala de aula ao dia a dia dos alunos. “A troca de experiências, entre estudantes brasileiros que praticam o inglês e idosos americanos, estabelece um relacionamento que ultrapassa as barreiras geográficas e de linguagem, agregando valor à vida dos participantes.”

“Por mais que a gente simule [um diálogo]na sala de aula, alunos e professores partilham o mesmo background”, explicou Marcelo Barros, diretor de educação do CNA. Segundo ele, quando o estudante tem uma experiência real de diálogo, ele conversa com um estrangeiro que está inserido em um contexto sociocultural bastante diferente do seu. “O mais interessante disso é que, durante a conversa, podem existir falhas de comunicação e, para serem entendidos, eles precisaram repetir ou parafrasear.”

Os diálogos entre os alunos e os VIPPES são gravados e publicados como vídeos privados no YouTube. Assistindo ao material, junto com os estudantes, os professores podem avaliar o desempenho e conseguem apontar alguns erros. De acordo com Barros, a intenção não é corrigir exatamente tudo, mas o que atrapalha no processo comunicativo. “Os alunos tendem a cometer sempre os mesmos erros, nos mesmos lugares. Com essa ferramenta, é possível mostrar onde estão os erros, evitando que eles se repitam outras vezes”, contou Barros.

“No começo, existe uma certa insegurança dos alunos, mas como os interlocutores são tão receptivos e os brasileiros possuem uma característica natural de serem persistentes, essa experiência acaba se tornando bastante positiva”, avaliou o diretor de educação.

Além de adquirir mais fluência no idioma, Barros afirma que o projeto pode incluir outras aprendizagens e conhecimentos. “Aprender sobre uma  outra cultura amplia a dimensão de mundo”, pontuou, exemplificando que, ao manter uma conversa com um VIPPES  de Chicago, provavelmente o aluno vai se interessar em buscar mais informações sobre o local, o clima e a cultura da região. Outro aspecto considerado por ele é a possibilidade de entrar em contato com os longevos, desenvolver empatia, aprender a valorizar essa faixa etária e criar laços afetivos, culturais e educacionais.

Durante as conversas, os VIPPES também podem atuar como verdadeiros professores de inglês nativos. No vídeo é possível ver uma das alunas contando para uma senhora quantos anos o seu irmão tem. Com delicadeza, a mulher sugere para a menina a forma correta que ela deveria ter formulado aquela frase.

Segundo a diretora de marketing do CNA, após os resultados alcançados com a etapa-piloto, a partir de agora o projeto entra em fase de implementação. A ideia é que o Speaking Exchange possa ser utilizado nas 580 unidades de todo o País. “Os nossos alunos, de fato, conseguiram desenvolver conversas interessantes com os idosos, utilizando o inglês que aprenderam em sala de aula”, afirmou.

Mona C. Cury

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