O envelhecimento populacional sugere a oportunidade de criar novos centros de referência em saúde e bem estar. Adaptar é sempre possível, mas inovar pode trazer mais benefícios.
Um dos melhores incentivos para tratar o envelhecimento populacional como grande negócio é a mudança na maneira de encarar o fato.
No setor de clínicas e SPAs, por exemplo, pensar apenas em tratar de deficiências ou fragilidades é um objetivo.
O envelhecimento proporciona dezenas de aspectos que podem ser selecionados para a instalação de clínicas para diferentes patologias ou deficiências de VIPPES de todas as idades. Ideias originais podem fazer a diferença na aceitação para os pacientes de diferentes classes sociais.
Entretanto, se o ângulo de visão de negócios for orientado para o lado positivo, o lado da saúde e não o da doença, então as clínicas terão características totalmente diversas.
Elas poderão ser “centros de prevenção clínica” e não “clínicas de tratamento”.
Qual a diferença entre uma e outra?
O nome “prevenção clínica” indica uma ação específica, a prevenção. Nesse “centro” (para diferenciar de clínica) não se realizam tratamentos ou qualquer tipo de intervenção ou orientação médica, fisioterapêutica, psicológica ou terapêutica de qualquer tipo.
Os centros de prevenção clínica terão como missão, avaliar as reais condições orgânico-biológicas dos avaliados. Não se trata de pacientes, mas de VIPPES comuns aparentemente saudáveis ou com algum problema perfeitamente identificado e em tratamento em clínicas especializadas.
Nos centros de prevenção, os VIPPES serão avaliados “milimetricamente” em todos os “seus poros”, isto é, passarão por um “check-up” minucioso.
Atualmente, as pessoas levam seus automóveis para avaliação mecânica e eletrônica. Os veículos passam por algumas máquinas que identificam as mínimas não conformidades com os parâmetros definidos como ideais.
Os centros de prevenção clínica farão o mesmo. Os VIPPES terão a sua condição orgânico-biológica levantadas à exaustão quando assim contratado.
Naturalmente, haverá centros de padrões diversos. Alguns de última geração com profissionais reconhecidos internacionalmente e equipamentos “top” de linha nas várias áreas diagnósticas.
Outros poderão apresentar padrões diferenciados para diferentes classes de renda dos clientes, mas nunca abaixo de um mínimo de qualidade normatizado.
Serviços adicionais poderão ser incluídos, mas não tratamentos de qualquer espécie.
O centro de prevenção clínica poderá sugerir nomes de profissionais e instituições para a realização de procedimentos, tratamentos e orientação, quando o cliente solicitar.
O centro de prevenção clínica contará com médicos e outros profissionais da saúde para acompanhar os clientes na realização de avaliações que envolvam algum tipo de risco ou dano.
Todos e quaisquer procedimentos que precisarem ser tomados excepcionalmente não serão considerados como tratamento, sendo, portanto, soluções emergenciais não desejadas, mas possíveis.
O centro de prevenção clínica poderá efetivar convênios com médicos, profissionais da saúde, clínicas, hospitais, SPAs e instituições privadas e públicas para atendimento no campo de prevenção clínica.
Wolfgang K. L.
