- 07 de abril de 2019

Especialistas em VIPPES

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Foto: ReproduçãoEsse é um aspecto que exige regulamentação autoritária da sociedade. Independentemente da esfera pública federal, estadual ou municipal que cuida das organizações que atuam no fornecimento de serviços pessoais “especializados”, é imprescindível que se estabeleçam normas mínimas nas exigências dos profissionais que nelas atuam. Essas prestadoras de serviços começam a crescer vertiginosamente e nos próximos anos a sua expansão será espantosa.

A qualidade poderá sofrer desgastes sérios e os casos policiais dominarão a mídia.
É evidente que o formidável crescimento do número de VIPPES superará a quantidade dos técnicos que se formarão nas especialidades ligadas às necessidades daquela classe etária.

A avaliação é pura questão matemática.
Na área médica, já há uma demanda de geriatras/especialistas em VIPPES de mais de dez mil profissionais. Não há como reduzir essa insuficiência em menos de uma ou duas décadas. O mesmo acontece nos serviços auxiliares de saúde e que se encaixam nas prestadoras de serviços comentadas: fisioterapeutas, massagistas, enfermeiros, cuidadores, nutricionistas, monitores de atividades, etc.

Evidentemente, VIPPES em expansão serão encontrados em todas as camadas sociais e parte significativa deles (classes D e E) precisará contar com o benefício do Estado em seus vários níveis. Academias públicas para VIPPES, exclusivamente ou não, terão que existir pelo menos nas quinhentas maiores cidades do País. Clínicas para VIPPES exclusivamente terão que atender no mínimo vinte por cento dos municípios brasileiros. SPAs não terão cobertura governamental, mas empreendimentos particulares não deixarão de atender aos VIPPES de maiores recursos e que desejarão aproveitar melhor os anos adicionais de vida conquistados nos últimos quarenta anos.

As empresas públicas (Academias e Clínicas para VIPPES) serão parte do sistema de sustentação da nova sociedade que precisará de pessoal de mais idade com condições de manutenção de atividade produtiva. Milhões de VIPPES inativos, desempregados, incapacitados fisicamente para qualquer atividade significará um peso morto na economia.

É imprescindível que parte dessa classe etária continue a operar em alguma atividade que produza resultado para todos. Não se trata simplesmente de prolongar o tempo de trabalho para efeito de aposentadoria, mas permitir que o equilíbrio entre ativos e inativos seja real.

Academias e Clínicas para VIPPES deverão se tornar um dos alicerces que evitará o caos social, mas se não apresentarem requisitos mínimos de qualidade no serviço fornecido, poderão se tornar antros de enganos, acidentes e negligência criminosa.

G. Hansen Jr.

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