- 07 de abril de 2019

Brinquedos para VIPPES

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Com jogos que estimulam a concentração, memória e atenção, a Estrela busca consumidores longevos para que eles evitem doenças degenerativas. Superimportante salientar suas exigências – jogos difíceis.

briquedos para vippesEles são Vippes e, alguns, profissionais bem-sucedidos, mas não resistem a um velho hábito de criança: por exemplo, se um dia você ouvir um Vippes dizer para o seu neto não mexer em seus brinquedos, não estranhe. Para algumas pessoas, certos brinquedos não pertencem à categoria de produtos que podem ser inocentemente carregados por mãos infantis. Dentro desse universo, estão os Vippes que agora têm uma adaptação do jogo Cara a Cara infantil:  o jogador deve descobrir quem é o personagem escolhido pelo rival com perguntas sobre a aparência dele. Outro jogo estimula memorizar sequências de números, para que o usuário lembre mais facilmente de números de celular. Com jogos assim, que trabalham concentração, atenção e memória, a Estrela pretende ganhar um novo consumidor: o Vippes.

Em um jogo, o Vippes vê ilustrações complexas, com muitas cenas, e deve cumprir desafios, como identificar todos os animais ou todas as profissões. Em outro, uma adaptação do Cara a Cara infantil:  o jogador deve descobrir quem é o personagem escolhido pelo rival com perguntas sobre a aparência dele. Outro jogo estimula memorizar sequências de números, para que o usuário lembre mais facilmente de números de celular. Com jogos assim, que trabalham concentração, atenção e memória, a Estrela pretende ganhar um novo consumidor: o Vippes.

Ou seja: até que ponto o mercado deve apostar em jogos “retrôs” cultuados e prolongar sua vida em relançamentos? Quando seus prazos de validade se mostram vencidos? Esse tipo de pergunta passou, com certeza, pela cabeça dos executivos da Estrela. A fábrica de brinquedos que há mais de 70 anos tem foco somente nas crianças, vai investir pela primeira vez em produtos para adultos. A linha Academia da Mente 45+ (comitê científico do Hospital das Clínicas – o HC), terá jogos que estimulam funções de linguagem, atenção e memória e pretendem agradar principalmente os consumidores da terceira idade que querem manter a mente saudável e combater sintomas de doenças degenerativas. O jogo Cara a Cara foi desenvolvido   junto com este comitê científico do HC e “o que a Estrela quis foi, em função dos nossos 75 anos, cruzar a barreira de uma empresa de brinquedos para ser uma empresa que contribui para a qualidade de vida das pessoas. Até por isso buscamos respaldo científico para ter adequação técnica e médica”, afirma Carlos Tilkian, presidente da Estrela.

Isso não significa, necessariamente, que a Estrela está atrás do dinheiro dos longevos, um público que é tido por eles como dono de bom poder aquisitivo e mais tempo livre. De acordo com o presidente, quando a empresa fez 75 anos, ele se deu conta que grande parte dos funcionários e dos consumidores de muitos anos atrás estão se transformando em Vippes (idosos, como o público chama e Vippes para o Portal Vippes Negócios). “Para ser absolutamente honesto, o lado comercial não foi a prioridade. Se existir um mercado de fato, melhor ainda, porque é um segmento extremamente importante”, acrescenta Tilkian.

A realidade é que a “Academia da Mente” não se restringe à terceira idade ou à meia-idade –  ou, os Vippes. O projeto é mais abrangente:  a ideia é que jogos e brinquedos da Estrela passem a ter, mais claramente, um aspecto “medicinal”. “Quanto mais cedo começar a estimular o cérebro, menor o risco de doenças como Alzheimer, por exemplo.  Quando conversei com cientistas, eles me disseram que o trabalho deve começar na infância. Os produtos devem ser usados desde criança para colher os frutos lá na frente”, explica o presidente.

Mona Cury

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