- 04 de abril de 2019

Produtos nutricionais em foco

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O envelhecimento populacional abre um mercado amplo para milhares de produtos. Pesquisas mostram o caminho para as oportunidades com VIPPES residentes em Instituições de Longa Permanência.

produtos_nutricionais_em_focoNo País chegam a cerca de três mil os estabelecimentos que abrigam VIPPES. Neles, um dos aspectos que estão sendo pesquisados é a adequação nutricional aos residentes. Apresentamos abaixo algumas observações retiradas de uma das pesquisas realizadas e publicadas na Revista Brasileira de Ciência do Envelhecimento Humano sob o título “Perfil nutricional de idosos residentes em instituição geriátrica no interior do RS” realizado pelas nutricionistas profissionais Taise Dobner (Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Franciscano Discente do PPG em Envelhecimento Humano da UPF), Tereza Cristina Blasi (Nutricionista graduada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, especialista em Terapia Nutricional pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestra em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Maria, docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano) e Vanessa Ramos Kirsten (Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Franciscano, especialista em Nutrição clínica com ênfase em adultos pela Universidade do Vale dos Sinos, mestra em Medicina e Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Resumo do trabalho:

A população do estudo foi constituída por 31 idosos, a maioria 83,9% (n = 26) do sexo feminino e 16,1% (n = 5) do sexo masculino. A média de idade dos idosos foi de 81,9 ± 9,07 anos, sendo a mínima sessenta e a máxima 95 anos. Quanto ao tempo de permanência dos idosos na instituição, a média encontrada foi de 22,13 ± 10,94 meses, ou seja, em torno de um ano e dez meses. Para as variáveis antropométricas, peso e altura, as médias e desvios padrão foram 53,9 kg ± 14,62 kg e 149,6 cm ± 8,55cm, respectivamente. A Figura 1 apresenta o percentual de idosos quanto ao estado nutricional, demonstrando que 67,9% estavam com o estado nutricional alterado”.

O trabalho completo pode ser encontrado na edição volume 9, n. 1, p. 109-118, jan./abr. 2012.

Detalhe importante no trabalho é o seguinte:

“Associado a esse fato, a Tabela 3 demonstra que os idosos com maior comprometimento nutricional eram os que consumiam o menor valor calórico, mas, mesmo assim, acima das necessidades estimadas para esse grupo, indicando que a desnutrição pode estar associada ao metabolismo aumentado por algumas patologias crônicas ou condições infecciosas. Sabe-se que a nutricionista responsável pelo local faz avaliação do estado nutricional periodicamente, podendo indicar que está ocorrendo uma tentativa de melhora do estado nutricional desses desnutridos, já que alguns estudos como o Rezende et al. (2010) demonstraram associação de óbito, desnutrição e doenças crônicas não transmissíveis e que a desnutrição era citada como causa de morte em conjunto com outras doenças em 1.411 declarações de óbitos”.

Basta uma informação dessa natureza para demonstrar a importância de se apresentar soluções nutricionais que atendam a necessidade efetiva dos VIPPES residentes em instituições de longa permanência (asilos). Estas, cerca de três mil hoje, serão mais de trinta mil nos próximos vinte anos e chegarão a mais de cinquenta mil em 2050. Dietas balanceadas por idade, e que levem em conta as patologias de cada idoso, amparadas por uma logística competente sob a supervisão de nutricionista reduzirão o número de óbitos e da imobilidade perversa.

Só nesse aspecto do envelhecimento populacional acelerado já se constatam oportunidades para empreendedores e investidores verem satisfeitas suas fomes de negócios.

Germano Hansen Jr.

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