- 07 de abril de 2019

Computadores para VIPPES

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Cursos de Informática para VIPPES já pululam por aí! Nas chamadas Faculdades para a Terceira Idade ou Seniores é normal a existência de matéria ou atividade ligada à operação de computadores. Que computadores?

acessa_sp2Os cursos até que conseguem bons resultados até com pessoal de mais de 90 anos.

Parece mesmo que está tudo certinho e que as necessidades do mercado de informatização são atualizadas com dinamismo excepcional.

Máquinas cada vez mais potentes e programas espetaculares surgem a todo o momento e propiciam a realização de sonhos que só existiam nos surtos de ficção incontrolável.

Só que a verdade não é bem essa!

A informática muda a todo o momento, mas não há a preocupação de entender e avaliar as necessidades dos VIPPES.

Os dois vértices principais que são máquinas e programas obedecem a uma racionalidade baseada nas necessidades e anseios de pessoas e de empresas. Estas estão sendo sempre bem atendidas com novidades que facilitam e muito os sistemas operacionais e de controle das atividades. Há programas fantásticos que quase dispensam a mente humana. Muitos cargos poderiam desaparecer dos organogramas porque há equipamentos que “racionalizam” bem melhor que muitos profissionais bem pagos.

Quanto às pessoas a situação já não é a mesma.

O público infantil está sendo bem atendido. Os equipamentos e os programas para crianças estão sendo trabalhados com uma qualidade admirável. O mundo da fantasia vai surgindo com toques de realidade.

As brincadeiras de roda, de boneca, de mocinho e bandido, de coleção de figurinhas, de empinar papagaio (pipa), de futebol e outras tantas foram trocadas pelos jogos (“games”) e filminhos bem divertidos.

A adolescência e os jovens encontraram nas redes sociais um meio de extravasarem suas impressões, pensamentos e idéias de participarem mais ativa e continuamente de processos relacionais com pouco compromisso.

Os equipamentos eletrônicos são de fácil manuseio e atendem as necessidades operacionais sem qualquer dificuldade. Teclados, teclas, controles e instruções exigem basicamente boa visão, boa movimentação dos membros, ótima resistência física para horas em frente às telinhas.

Os adultos até 50 anos que já são de geração informatizada também não revelam qualquer tipo de dificuldade em operar equipamentos mais modernos com programas mais atualizados e que respondem melhor ao que queriam ter da tecnologia computacional.

Os problemas começam a partir dos 50 anos. A visão não é mais perfeita, a audição perde parte da capacidade. Ossos e articulação sentem o cansaço de movimentos repetitivos e o corpo reage negativamente a ficar horas na mesma posição.

Mas os equipamentos são rigorosamente os mesmos para os adolescentes, os jovens, os adultos até 50 anos e os VIPPES de 50 anos em diante com faixas muito diferenciadas de 60, de 70, de 80 e de mais de 90 anos.

Parece que o tamanho de mercado dos VIPPES não comportava pesquisas, estudos e soluções de hardware (e também de softwares) específicas para atendê-los.

E agora com a expansão dessa classe não é chegada a hora de estudar melhor a realidade? Não é essa a máxima do marketing?

Novos modelos de equipamentos eletrônicos desenhados com a máxima possibilidade ergonômica para VIPPES de diferente classe de idade. Programas diferenciados para VIPPES que atravessaram uma mudança contínua de tecnologia informática em que certos princípios básicos operacionais também mudaram.

Equipamentos eletrônicos precisam de uma “repaginação”. Os VIPPES estão formando o maior mercado consumidor das próximas décadas.

Germano Hansen Jr.

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