Existe muita recomendação para que VIPPES comam com moderação. Há muitas sugestões de dietas restritivas disto e daquilo. Até parece que VIPPES se tornam menos humanos. VIPPES podem e devem se alimentar muito bem.
A confusão que se estabelece é motivada pelo receio de que VIPPES passem mal em razão de comerem mais do que os jovens ou de se alimentarem de forma muito “pesada”.
Vamos então apontar algumas considerações sobre eventuais dificuldades que os VIPPES podem encontrar no processo de “matar a fome”.
Mastigação
Comecemos pela boca e naturalmente com os dentes. Depois dos 50 anos, é normal a substituição dos dentes naturais por próteses, aparelhos, implantes, coroas, dentaduras e outros recursos.
Se as restaurações forem bem executadas, os VIPPES não terão dificuldades em comer seja lá o que depender de boa mastigação. A dentição é fator importante para se comer bem. Se ela estiver defeituosa, boa parte dos alimentos poderá fazer mal mas, não porque os comensais sejam VIPPES, mas sim porque a dentição está deficiente.
Sistema digestivo em geral
Depois dos 50 anos, parte dos VIPPES já teve uma “salada” de problemas digestivos agudos ou crônicos: alguns perderam a vesícula biliar, outros tiveram apendicite, parte conviveu com gastrites, outros abusaram do álcool e do fumo. Ainda muitos VIPPES abusaram de frituras, fast-food emergencial constante, além de algumas intoxicações, vermes, traumas diversos.
Fora as eventuais cirurgias bariátricas, excesso de medicamentos e outras causas diversas.
Ora, esses componentes incidentais acabam cobrando um preço e aí não haverá organismo que consiga realizar uma digestão tranquila, suave e “silenciosa”. O problema, portanto, não é a idade mas os hábitos e as doenças passadas. A solução será selecionar melhor o que comer e evitar males ainda piores.
Doenças e dificuldades orgânicas gerais
Em razão de aspectos genéticos, doenças variadas, cirurgias, acidentes e traumas, muitos VIPPES chegam aos 50 anos já com uma “folha corrida” de insuficiências orgânicas significativas. Hipertensão, diabetes, hipo ou hipertireoidismo, insuficiência renal ou biliar, colesterol e triglicérides elevados acabam se tornando barreiras complexas que não permitem uma alimentação diversificada e lauta. O problema não é a idade até porque há muitos jovens que bem antes dos 50 já convivem com a moderação e com o jejum forçado.
E mesmo com dificuldades diversas, os VIPPES podem perfeitamente se alimentar com qualidade, quantidade e diversidade com o apoio de produtos naturais ou sintéticos que ajudam muito no processo físico-químico da digestão.
Portanto, não há razão para VIPPES ficarem com “água na boca”, só olhando os outros se deliciarem com as tortas, doces, petiscos e tudo o mais que atiça o paladar.
Germano Hansen Jr.
