- 07 de abril de 2019

Ouvidor de VIPPES

0

Um novo mundo de milhões de VIPPES balança a sociedade em todos os seus alicerces. A rapidez dessa mudança no Brasil faz do envelhecimento populacional aqui, um desafio ainda maior.

novidades vippesEm países de grande população, o envelhecimento tem apresentado uma velocidade que permitiu e permite adequações paulatinas. No Brasil, a velocidade torna difícil até mesmo a aceitação das mudanças. Talvez fosse conveniente a criação de um novo cargo no serviço público: o ouvidor de VIPPES.

Qual a finalidade desse novo profissional qualificado?

Ouvidor!
Ouvidor é aquele que ouve. Ouve os VIPPES. Procurará saber como vivem, quais suas aspirações, dificuldades, condições de sobrevivência e outras informações. Em uma transição rápida, as providências nem sempre dão os resultados previstos porque fatores circunstanciais alteram as condições idealizadas. Os VIPPES sofrerão um impacto significativo quando constatarem que o acesso a determinados produtos e serviços não se concretizará no prazo esperado.

O Ouvidor será um pesquisador da qualidade de vida dos VIPPES. O sistema será amostral no País todo. Poderá talvez contar com a coordenação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mas visará, sobretudo, o aspecto qualitativo da reação dos VIPPES ao envelhecimento populacional.

As maiores dificuldades ocorrerão nas classes econômico-sociais mais pobres que compõem a maior parte da população. Esse grupo será o campo principal de trabalho do
Ouvidor, que, sem ligações partidárias ou corporativas, deverá levantar a realidade numérica das não conformidades no atendimento das necessidades básicas.

Sem o Ouvidor, a sociedade ficaria com as reportagens eventualmente realizadas por jornalistas e empresas particulares. As possibilidades de aproveitamento das informações levantadas seriam pequenas em razão da falta de parâmetros bem definidos e sistemáticos.

Com o Ouvidor, todos os fatos estariam sendo observados como parte de um programa nacional de análise e conclusões governamentais para a formulação de alterações nas políticas públicas. O envelhecimento populacional tem um potencial elevado para provocar um caos social de difícil administração. As providências que serão tomadas nos primeiros reflexos negativos na área social poderão ou não diminuir o risco de conflitos e insubordinação generalizada contra as autoridades.

O Ouvidor poderá identificar os sintomas preocupantes antes que se tornem incontroláveis. De alguma maneira, o Ouvidor estará agindo como um médico que diagnostica a patologia e envia os detalhes para um centro técnico que estudará as medidas cabíveis para erradicar ou minimizar os efeitos negativos das providências em curso até então.

Sem o Ouvidor, o envelhecimento populacional não causará problemas apenas se o planejamento e execução das providências preventivas acontecerem no momento certo. Lamentavelmente, já estamos atrasados!

F. Aristóteles Filho

Compartilhe.

Leave A Reply