- 07 de abril de 2019

Próteses de qualidade

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Prótese é um termo que abrange centenas de produtos indicados para substituir órgãos e peças funcionais do corpo humano. Fundamentais para vítimas de acidentes, doenças e VIPPES.

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O mercado de próteses é amplo e centenas de empresas oferecem grande variedade de produtos para todas as necessidades físicas. Mãos, pernas, componentes ósseos, implantes dentários, globos oculares e substitutos artificiais para órgãos internos são encontrados com alguma facilidade em revendedores especializados.

O envelhecimento populacional começa a acelerar o volume de negócios nesse campo. Em razão de doenças degenerativas, quedas e sequelas de cirurgias diversas, a necessidade de próteses apresenta uma demanda significativa com tendência crescente irreversível neste século. Os problemas acontecem em razão da capacidade financeira dos potenciais usuários.

Uma das dificuldades é criada pelos convênios médicos. Vamos ao caso:

Paciente VIPPES sofre queda e quebra o fêmur. Com osteoporose, necessita de prótese específica para a situação. O cirurgião responsável para solucionar a dificuldade, sugere a aquisição de um determinado modelo de prótese. O convênio é consultado e nega autorização, apresentado um “similar” com valor bem inferior. O cirurgião discorda da decisão do convênio e esclarece que com o similar, os resultados serão inadequados e de menor durabilidade. Enfatiza a insegurança para o usuário. (Essa situação é cada vez mais comum para dezenas de tipos de próteses).

O usuário e seus familiares se sentem incapazes de decidir o que fazer porque em muitos casos os valores envolvidos são elevados e fora do orçamento familiar.

O que fazer?

Aparentemente o cirurgião tem razão. Por outro lado, o convênio também parece estar correto quando propõe produto que parece atender à necessidade do usuário e de valor bem mais razoável. Supostamente, daqui e dali, o problema se torna complicado para todos. O médico alega que com prótese diferente da recomendada o paciente poderá ter dificuldades, uma das quais seria a necessidade de nova cirurgia em alguns anos. O convênio alega que a funcionalidade da peça é a mesma e o resultado final depende do cirurgião e não da peça.

O que fazer? Milhões de VIPPES são candidatos potenciais às próteses.

A ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) em conjunto com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e entidades médicas e de saúde tem que estabelecer critérios definitivos que deverão ser respeitados pelos médicos, pelos convênios e pelas produtoras ou revendedoras dos materiais.

Essas normatizações precisam ser claras, precisas e não podem deixar margem a nenhuma dúvida de nenhum dos envolvidos no processo. É bom relembrar: são milhões de VIPPES em veloz processo de expansão demográfica.

Naturalmente alguns parâmetros vão ser estabelecidos para facilitar decisões de todos:

Materiais utilizados, estudos e pesquisas sobre resultados obtidos e ocorrências observadas, resistência a choques, durabilidade, funcionalidade e preço.

É óbvio que uma peça feita em material nobre deverá custar mais que outra com material básico normal, mas a funcionalidade não pode ser diferente. Aceitar uma durabilidade maior do material mais nobre é fácil de entender.

Se o paciente estiver com idade muito avançada não terá necessidade de material eterno. Tem que haver cálculo de custo-benefício. Alegações injustificadas é que não podem fazer parte de questão tão delicada quanto manter ou tornar um VIPPES produtivo e capaz de conseguir autonomia de movimentos ou condições de aproveitar a vida com mais qualidade.

Atualmente há uma neblina atrapalhando o mercado de próteses e ela deverá ser dispersa para que não seja um obstáculo a mais para o desenvolvimento dos grandes negócios que acompanham o envelhecimento populacional.

Wolfgang K.L.

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