Falar em VIPPES é lembrar de aposentadoria e, lógico, Previdência. Muitos trabalham duro durante quase três décadas (ou mais), e depois dos 50 anos passam a sonhar com a entrada na aposentadoria garantida por um Instituto de Previdência.
Mas há VIPPES, empregados ou empresários, que não querem nem ouvir falar em aposentadoria. Preferem continuar trabalhando como uma forma de manterem a dinâmica de vida. Sentem-se ameaçados pela rotina e pela falta de desafios, da busca de resultados difíceis e inúmeras vezes inesperados.
Já a turma que não vê a hora de eliminar as obrigações de horários, metas, cumprimento de ordens e da rotina de ter que levantar e ir para o mesmo lugar dias e dias, meses e meses e para muitos até durante anos e anos, comemora o fato como um objetivo de vida alcançado.
Afinal, a aposentadoria é uma realização honrosa? A Previdência é um objetivo de vida?
Não existem respostas certas ou erradas. Cada pessoa terá a sua consideração vinda de seu foro íntimo. Cada um tem consciência de suas possibilidades e daquilo que pode conquistar e do que quer conquistar. A motivação pode persistir e pode mudar conforme os fatos da própria vida. Certos acontecimentos destroem a vontade de viver e outros a renovam.
A Previdência tem uma norma geral e as pessoas e as empresas procuram seguir e respeitá-las.
Mas não deveria haver uma flexibilização das normas? Não seria possível estabelecer uma faixa de escolha entre três ou quatro alternativas? Atender àqueles que querem continuar trabalhando mais tempo?
A opção deveria ser efetivada com quatro ou cinco anos antes do prazo normal.
Atualmente com a extensão contínua da idade média de vida, o prolongamento da atividade produtiva por mais alguns anos também pode ser planejado.
Também para as empresas essa flexibilização pode ser interessante. Com a mudança da composição etária, os VIPPES deverão ser mantidos por mais tempo porque não haverá facilidade de obtenção de recursos humanos qualificados entre os mais jovens.
É a hora de começar a mudar. Explodiu de vez a pirâmide etária. O mundo é outro.
Germano Hansen Jr.
