- 04 de abril de 2019

VIPPES precisam acreditar

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VIPPES precisam acreditar que são os comandantes da sociedade organizada neste século XXI. A degradação que sofreram no século passado foi a negação de uma realidade que agora se concretiza de forma inexorável.

vippes_precisam_acreditarÉ possível entender e aceitar que a geração mais idosa dos VIPPES desta década, digamos, aqueles que estão na faixa acima dos 90 anos, foram criados em um mundo que começava a idolatrar a infância e a juventude.

Vejamos: esses VIPPES nasceram por volta de 1920 e em 1940 ficaram à mercê de uma formidável carnificina, a chamada Segunda Guerra Mundial. Havia uma sensação terrível de espera da chamada para a morte ou no mínimo, a invalidez parcial.

A guerra só terminou em 1945 com a introdução de um novo monstro criado pela mente doentia da humanidade: a arma nuclear, capaz de dizimar milhares de seres humanos em segundos.

E aí encontramos as novas gerações que foram sendo criadas com a possibilidade da vida terminar a qualquer momento e na simples dependência de algum ato insano de um dono do poder em algum lugar do mundo.

Então os jovens da época se rebelaram contra o mundo, contra os mais velhos, contra todos aqueles que tornaram a vida capaz de acabar sem chance de um futuro confiável.

São esses jovens que hoje, VIPPES das terríveis décadas da Segunda Guerra e da Guerra Fria que durou até 1990, trazem a ideia sentida que os VIPPES foram os culpados pela incerteza. E agora, como VIPPES, sentem também a culpa apenas por serem VIPPES, como se todos os VIPPES em todas as épocas fossem os responsáveis pela insegurança.

Os grandes conquistadores, bárbaros, persas, macedônios, hunos e outros, tiveram em jovens os artífices das piores matanças da História e foram os VIPPES desses séculos de sangue que conseguiram fazer os homens sobreviverem ao caos contínuo.

Agora, mais do que nunca, os VIPPES terão que assumir a responsabilidade pelo destino do planeta porque os jovens não foram preparados para suportar a mudança tecnológica que acaba com a necessidade da luta, da conquista e do esforço permanente para a sobrevivência.

Os VIPPES que estão se tornando VIPPES agora, ainda trazem nas veias o espírito da determinação em vencer as dificuldades. Porque foi assim que viveram e aprenderam. Podem mais do que as novas gerações que imaginam que basta apertar botões para fazer a vida maravilhosa.

Mas os VIPPES precisam reconhecer a sua própria importância. É imprescindível.

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