Ninguém conseguiria chegar aos 100 anos se não tivesse aguçada inteligência para saber vencer os obstáculos de toda ordem que se interpuseram à frente, por cima, pelos lados e em toda a parte: aos 50, aos 60, aos 70, aos 80 e aos 90.
Responsabilizar a s
orte pela longevidade é no mínimo acreditar em Papai Noel. A sorte pode colaborar para que alguém possa passar incólume por dificuldades e contrariedades, mas viver mais de meio século em um mundo conturbado, exige mais do que a boa ventura.
Qualquer um que observar a sua volta os VIPPES de mais idade, perceberá com clareza de cristal, que são pessoas inteligentes que atravessaram situações complexas e estão vivas, conscientes, capazes.
Como diria Aristóteles em sua filosofia, é lógico que se pode distorcer a razão, lembrando que há VIPPES desmemoriados, inválidos, malucos e assim por diante. É um tremendo sofisma, porque não é privativo da classe VIPPES a falta de memória, a invalidez, a maluquice e a irresponsabilidade.
Parte desse destaque injusto é porque os VIPPES em minoria na sociedade, ficam mais em evidência, mas na realidade, proporcionalmente, há mais malucos, desmemoriados, inválidos e bandidos e pilantras no conjunto da sociedade.
Se todos os que nasceram se tivessem tornado VIPPES, o planeta Júpiter seria pequeno para conter tanta gente.
Sobreviveram os mais inteligentes, em todas as épocas, e por isso se tornaram VIPPES. Os outros milhões que não chegaram à classe não poderão confirmar a afirmação. Que pena!
