- 04 de abril de 2019

Clientes Preferenciais

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Em todas as agências bancárias, um caixa é destinado a usuários “preferenciais”. Doentes, grávidas, mães com crianças no colo, deficientes físicos e “idosos a partir de 60 anos”. Como se percebe, a fila nesse caixa é extremamente heterogênea.

clientespreferencial01Um especialista em mercados olha uma fila no caixa bancário e avalia o valor que o Banco está dando aos seus clientes. Quando o Banco mistura deficientes, grávidas, mães com criança de colo, deficientes físicos e idosos a partir de 60 anos, está efetivamente esquecendo do marketing e do interesse comercial.

Para os acionistas é uma péssima indicação.
Só para efeito de fazer com que os responsáveis comerciais bancários tenham um tema para pensar, analisar e reanalisar: qual a participação no conjunto da sociedade, dos deficientes, dos doentes, das grávidas, das mães com criança no colo e das pessoas a partir dos 60 anos.

Quem levantou os números? Onde buscaram os dados? Quais avaliações foram realizadas para se verificar o potencial comercial de cada segmento desse grupo de “prioritários”?

Qual o conceito de “prioritários”, “especiais”, “preferenciais”, etc.?

Agora, por suposição, imaginemos que em lugar dos “idosos”, os Bancos comecem a receber em quantidades cada vez maiores, VIPPES e mais VIPPES em suas agências.

Como esses VIPPES se sentirão ao se verem representados por um boneco alquebrado, curvado e com uma bengala de apoio para não cair? Será que vão continuar nessa fila? Será que vão considerar que aquela fila é para eles?

Germano Hansen Jr

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