A bicicleta é, depois do cavalo, o meio de transporte que mais se integra com o condutor. Ela não pensa, não fala, não sente, mas forma uma única peça com quem está sobre seu selim. O motor de seu movimento é a energia do transportado.
A partir dos patins, velocípedes e patinetes, a bicicleta é a realização final do casamento do ser humano com a máquina em que ele é o motor.
As pessoas que andaram de bicicleta não conseguem nunca se esquecer do prazer de ir para lá e para cá dependendo apenas de sua capacidade e competência.
Um belo dia, a bicicleta deixa de ser utilizada porque o organismo não demonstra mais condições de usá-la.
Por que não criar essas condições?
Por que não desenhar uma bicicleta para VIPPES? Sabemos que existem VIPPES centenários que ainda andam de bicicleta. Naturalmente são pessoas que gozam de um estado físico extraordinário e que passaram a vida praticamente em cima de uma bicicleta. Mas há muita gente que pedalava e gostaria de continuar pedalando mas não consegue em razão de dificuldades de saúde.
O equilíbrio pode ser uma das dificuldades. Não seria possível rodinhas adicionais de segurança em caso de necessidade?
A artrose e a artrite podem impedir as pedaladas porque as mãos não conseguem segurar o guidão. Que tal redesenhar um novo guidão que possa ser bem agarrado por qualquer VIPPES? O mesmo pode ser pensado para os pedais.
E o quadro central? Como flexibilizá-lo para permitir que se alcance o assento sem precisar fazer passar uma das pernas por cima dele?
E será que o selim não poderia ser mais anatômico para comportar as próstatas aumentadas nos ciclistas que vão ficar mais horas sobre as “duas rodas”?
Uma vez ciclista, sempre ciclista. Não é? Puxa vida!
