- 07 de abril de 2019

Mercado PETS para VIPPES

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O envelhecimento populacional é uma enorme oportunidade de negócios para mercados complementares. Um exemplo de mercado embrião é o de uso de PETS na terapia de VIPPES.

mercado_pets_para_vippesNinguém mais tem dúvidas sobre o aumento extraordinário do segmento de produtos para PETS. O interessante é que não foram os produtos que criaram o mercado, mas sim a quantidade de PETS que trouxe os produtos e serviços para o mercado.

Muitas empresas industriais e de serviços que possuíam alguma linha veterinária de pouca expressão acabaram promovendo essa linha como a principal. Em alguns casos ela se tornou a única. Até farmácias de manipulação para humanos tornaram-se exclusivas para animais de pequeno porte, os PETS.

Começam a surgir informações aqui e ali sobre novas áreas de utilização de PETS junto a VIPPES, as pessoas de 50 anos em diante. Nenhuma estranheza quando se noticia que um dos pilares da expansão do mercado PETS são os VIPPES. Natural porque após os cinquenta anos, com os filhos formando novas famílias ou, de alguma forma, tornando-se solitários, os VIPPES encontram nos PETS uma maneira de interação social.

O que é mais recente, entretanto, é a utilização terapêutica dos PETS no tratamento de VIPPES com problemas na área psíquico-psicológica. Em razão dessas constatações, algumas empresas foram criadas para o atendimento da logística necessária.

Na França, por exemplo, já funcionam clínicas de VIPPES com Alzheimer e, junto,  seus PETS (cachorros, gatos e outros pequenos animais como pássaros e peixes).  Nos Estados Unidos também é desenvolvido um mercado dinâmico de clínicas e lojas de PETS para finalidades terapêuticas.

Os estudos realizados indicam que o contato de pacientes idosos com animais de estimação melhora substancialmente o equilíbrio emocional dos pacientes independentemente do grau de comprometimento. Parece que a dificuldade de relacionamento com pessoas em geral incluindo parentes não influi na criação de uma relação positiva e benéfica entre os pacientes e os animais.

Dessa forma, muitos aspectos positivos foram observados.

O psicólogo Marcelo Motta, de Bagé no Rio Grande do Sul deu uma entrevista para o jornal Folha do Sul onde se destaca:

FOLHITO – O que pode ter de positivo para os idosos a relação com os pets?
Motta – Quanto aos idosos terem um animal de estimação é muito bom, importante, ainda mais quando o idoso passa bastante tempo sozinho, porque o animal acaba sendo um companheiro, um amigo, O carinho que os animais dão aos idosos (a todos nós no geral) faz toda a diferença na qualidade de vida, especialmente na terceira idade.

Há estudos fora do país que apontam que os donos de cães e gatos, por exemplo, na terceira idade, sofrem menos de depressão, problemas relacionados à pressão sanguínea, frequência cardíaca e até a capacidade motora, porque ter um animal exige cuidados. Como, por exemplo, levar o bichinho para passear ou brincar.

FOLHITO – Em que situações os filhos ou parentes podem sugerir aos idosos a escolha de um animal? Pode ajudar em problemas como depressão, mas de que forma?
Motta – É importante os familiares de idosos perceberem se esse idoso passa bastante tempo sozinho, sem nenhuma atividade, sem amigos ou familiares presentes.

Nesse caso, um animal de estimação seria de extrema relevância, porque faz com que o idoso se sinta importante novamente (faz com que ele sinta que alguém depende dele). Inclusive, há terapeutas que usam o auxílio de animais na recuperação de algumas doenças como a depressão.

A depressão tende a fazer com que uma pessoa se sinta só, isolada do mundo e, daí, os animais de estimação chegam para acabar com esse sentimento de inferioridade, porque para alguns animais, por exemplo, o dono é tudo, é o ser mais perfeito que existe, e isso para a autoestima de uma pessoa em depressão é essencial. Há estudos que comprovam também que idosos que estão doentes melhoram mais rápido se existe algum animal de estimação presente no processo.

No Brasil, no Rio de Janeiro funciona uma organização de voluntários que mantém desde 2011 um trabalho com “cães terapeutas”. Trata-se da www.peloproximo.com.br.

Os relatos demonstram resultados bem estimulantes. Com uma população de VIPPES da ordem de quarenta milhões de pessoas e, em franco crescimento, abre-se uma oportunidade fantástica para a criação de empreendimentos comerciais de serviços voltados para o uso terapêutico e de acompanhamento com PETS.

Germano Hansen Jr.

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