Fabuloso mesmo! Não é retórica, não! Os VIPPES são os maiores entusiastas dos PETS sobrepujando até mesmo o público infantil que adora bichinhos de todas as espécies e mesmo de pelúcia.
Por que chamar de fabuloso o mercado de PETS para VIPPES?
Porque é fabuloso mesmo!
VIPPES se expandem à razão de um milhão e meio ao ano até 2060 pelo menos. Hoje são quase 43 milhões de indivíduos e naquela década passarão dos 100 milhões. Nenhum mercado cresce nesse ritmo no Brasil e, raros, no planeta. Nos países mais desenvolvidos do mundo a participação dos VIPPES não cresce na mesma velocidade que a brasileira.
E VIPPES é um grupo etário muito interessado na companhia de animais de estimação.
Muitos VIPPES se sentem solitários, porque não contam mais com os filhos vivendo juntos ou porque não constituíram famílias grandes ou até porque preferiram viver sem compromissos familiares. Os pets acabam sendo desejados a partir de certo momento e, então, recebem todo o carinho e atenção como nenhum outro grupo consegue dar.
Entretanto, o grupo etário VIPPES é composto por quatro classes com diferentes características, capacidades e limitações: o pessoal de 50 a 59 anos que se adapta à nova situação etária, a turma de 60 a 79 anos que procura tirar partido da nova etapa da vida, os VIPPES de 80 a 89 anos que tentam esticar a vida ainda com alguma qualidade e os felizardos de 90 anos em diante que usam o bônus da sobrevivência sem compromisso.
Dentro dessas quatro classes encontram-se homens e mulheres saudáveis que parecem não sentir as deficiências moleculares e biológicas da idade e homens e mulheres com extensa variedade de problemas e dificuldades de saúde e mobilidade. Muitos desses problemas não impedem a vida quase plena, mas outros tantos podem criar embaraços. Não ouvir bem, não enxergar como antes, não poder comer de tudo, não poder praticar esportes competitivos, não ter mais o controle total do corpo, da aparência e da energia sexual. As condições mentais geralmente são menos afetadas, mas também preocupam no prazo mais longo.
O grupo inteiro tem o potencial para amar e conviver com os pets, mas levando em conta a diferença entre querer e poder, no mínimo 10% poderia possuir animais de estimação.
Desses 4 milhões de VIPPES, 400 mil precisariam contar com uma logística inseparável dos “bichos”: veterinários, tosadores, adestradores, cuidadores, passeadores e higienizadores.
Dar banho, comprar e preparar refeições, verificar a saúde, cuidar e preservar a higiene dos animais de estimação e da casa nem sempre está dentro dos limites físicos dos VIPPES menos saudáveis ou mais longevos. Materialmente tudo seria preciso: alimentos, medicamentos, produtos higiênicos e cosméticos, brinquedos e equipamentos diversos.
A expansão do número de VIPPES é um processo irreversível no século XXI com crescimento vegetativo da ordem de 3,6% ao ano, inverso ao dos demais grupos etários que irão ter reduções em proporções ainda maiores. Por outro lado, a sociedade também ficará mais alegre com alguns milhões de pets miando, rosnando e piando por aí. Só depende da vontade dos empreendedores.
F. Aristóteles Filho
