- 03 de abril de 2019

Moda para idosos: pesquisa

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Um dos grandes temas de oportunidades de negócios em razão do envelhecimento populacional é a moda. Segue uma informação de pesquisa sobre roupas esportivas para VIPPES.

moda_para_idosos_pesquisaA pesquisa foi realizada em Manaus (AM), e mostra várias características da utilização de roupa esportiva por pessoas idosas. Trinta e três pessoas participaram do estudo.

Os resultados foram publicados na Revista Brasileira de Ciência do Envelhecimento Humano, volume 8, n. 3, p. 375-383, set./dez. 2011 sob o título “Imagem corporal de acadêmicos da terceira idade a partir de roupas esportivas”. Os autores são: Luciano Chagas dos Santos (Educador Físico. Graduado pela Universidade Federal do Amazonas), Rita Maria dos Santos Puga Barbosa (Professora Doutora – Graduada pela Universidade do Amazonas; mestre em Ciências do Alimento – Universidade do Amazonas; mestre em Educação – Universidade do Amazonas; Doutora em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas).

Mensalmente cento e vinte mil VIPPES engrossam a participação dessa classe etária na população brasileira. As empresas ligadas à moda e particularmente à esportiva terão que oferecer novos produtos a essa classe em expansão. O que acham da moda esportiva e o que pensam sobre alguns de seus itens?

Essa é uma pesquisa que poderia ser realizada em todo o País porque há diferenças regionais em todos os aspectos do ambiente em que vivem os VIPPES. Naturalmente alguns pontos podem ser comuns.

O resumo da pesquisa:

“A realização de uma atividade física exige do praticante o uso de roupas apropriadas, que devem ser de tecidos leves, que facilitam a transpiração e a boa ventilação, contribuindo com aspectos biopsicossociais da imagem corporal, cujo conceito significa a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos. Essa pesquisa verificou os elementos mais comuns da imagem corporal a partir de roupas esportivas usadas por acadêmicos da terceira idade da UFAM, maiores de sessenta anos, por meio de entrevista, com 33 sujeitos. A partir de um questionário foi realizada a pesquisa de campo, recorrendo-se à análise de conteúdo, conforme Bardin, e à estatística não paramétrica. Roupas esportivas preferidas pelos acadêmicos da terceira idade: bermuda, camiseta, camisa/blusa, tênis e calça comprida. Até os trinta anos, houve quem nunca usou roupa esportiva, por fatores financeiros, familiares e por não praticar atividade física. Há certa resistência quanto ao uso do short, mais adequado para pessoas mais

jovens. Inicialmente, os acadêmicos sentiram vergonha ao ter que usar tais roupas, mas, com o passar do tempo, se adaptaram ao seu uso no meio social. Portanto, fica evidente um pudor quanto ao uso de roupas esportivas que marcam mais o corpo. A roupa esportiva serviu de libertação tanto do rótulo de incapaz, imposto pela sociedade, quanto da severidade dos familiares. Isso favoreceu o desenvolvimento da imagem corporal, a partir das sensações corporais (prazer) obtidas com o uso da roupa esportiva para a prática de exercícios físicos. Palavras-chave: Imagem corporal. Envelhecimento. Educação física”.

Na tabela abaixo, a número três da pesquisa, encontramos as respostas dadas pelos 33 pesquisados sobre alguns materiais esportivos mais comuns.

                                                          Itens do vestuário esportivo

material

opinião

nº respondentes

Tênis

Muito bom

11

Meia Tênis sem meia não dá

8

Bermuda Gosta

12

Short Não usa

7

Short de banho/maiô Bom para o banho

13

Calça de meia/moleton Não gosta

12

Camisa de meia c/manga Gosta

22

Camisa de meia s/manga Prefere

11

Boné Protege

17

Viseira Não gosta

10

Testeira Não sabe o que é

12

Munhequeira Importante p/proteger

16

Joelheira Protege das quedas

11

Tornozeleira Nunca usou

11

Touca de natação Importante p/não cair cabelo

17

Óculos de natação Protege os olhos

17

Bolsa É onde trago tudo

8

Mochila Prefiro a bolsa

20

Para as empresas que pretendem entrar para valer nesse mercado, uma pesquisa como essa esclarece alguns pontos que até então não eram observados porque o mercado não era muito expressivo em volume.

Agora a situação é outra e o tamanho do mercado é muito convidativo. Em poucos anos será maior que o de crianças e jovens somados.

Maiores detalhes da pesquisa no volume 8, n.3 da Revista Brasileira de Ciência do Envelhecimento Humano.

Germano Hansen Jr.

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