Em depoimentos de VIPPES que querem continuar a viver com autonomia e felicidade, os comentários sobre o conforto no vestir são a afirmação mais contundente no aspecto mercadológico pessoal.
A obra, já comentada neste Portal VIPPES Negócios, da jornalista e antropóloga Mirian Rosenberg, bem como outras da médica geriatra Alda Ribeiro se baseiam em entrevistas pessoais e respostas a pesquisas sobre comportamento de pessoas que passam dos quarenta anos, principalmente mulheres.
São interessantes os relatos das dificuldades que parte das respondentes menciona sobre encontrar roupas, sapatos e acessórios.
Até mesmo o atendimento pessoal por parte de balconistas e promotoras comerciais é constrangedor porque alegam discordância entre os modelos mais vendáveis e as necessidades das clientes mais “velhas”.
Como é possível a ocorrência de tal situação em um país que se encaminha velozmente para uma completa substituição etária?
Ainda que não houvesse esse fenômeno que estará modificando de forma radical a composição demográfica da sociedade deste século, a quantidade atual de VIPPES já mostra um mercado de porte considerável e ávido por novos produtos adequados.
Como os homens são menos preocupados com a moda e normalmente seu vestuário é mais tradicional, destacando apenas o sexo feminino, podemos comprovar que o tamanho atual – 2014 – desse mercado das VIPPES, é tentador.
Quadro das mulheres VIPPES por classe etária em 2000/2014. Fonte: Projeção da População Brasileira por Sexo e Idade 2000/2060 – Revisão 2013 IBGE
Anos
Mulheres |
2000 |
2014 |
2014/2000 |
50 a 59 anos |
6.528.000 |
10.863.000 |
+ 66,4% |
60 a 79 anos |
6.785.000 |
10.853.000 |
+ 60,0% |
80 a 89 anos |
893.000 |
1.632.000 |
+ 82,8% |
90 anos em diante |
181.000 |
342.000 |
+ 89,0% |
Totais |
14.387.000 |
23.690.000 |
+ 64,7% |
Observação:
No mesmo período (2000/2014) a população total do Brasil aumentou 16,9%
Não é necessário ser um especialista com doutorado mercadológico para perceber a importância do mercado atual. O aumento das VIPPES é impressionante em apenas quatorze anos.
E se houver ainda alguma dúvida, basta informar que o mercado só das VIPPES de 2014 no Brasil é maior que toda a população (VIPPES + Não VIPPES, homens e mulheres) de Taiwan ou da Austrália.
Realmente é para qualquer empreendedor que queira ganhar dinheiro no mercado do vestuário feminino, não perder nenhum minuto ou alguma multinacional acaba chegando e levando tudo.
Mark Torrence