- 07 de abril de 2019

Urbanistas voltados aos VIPPES

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Os ramos de Engenharia Civil e de Arquitetura Urbanística já deveriam reprogramar seus profissionais para as novas exigências da sociedade mais envelhecida. Um dos problemas é a qualidade da pavimentação de ruas e avenidas.

urbanistas_voltados_para_vippesVIPPES apresentam limitações de movimentos, de visão, de audição e outras. A maior parte delas são peculiares à idade mais avançada. É o que se poderia chamar de patologia da idade, forçando um pouco, porque necessariamente não se trata de doença mas sim de uma degeneração esperada.

De uma forma ou de outra, a limitação vai acontecer. Em um regime prático não humanamente lógico, a solução ideal seria eliminar a vida (matar) para quem chegasse aos 80, 70 ou 60 anos, com tolerância para aqueles de 50 a 59 em boas condições de acordo com exames radicais “criteriosos”.

Como não somos afeitos a essa categoria de lógica, precisamos pensar de maneira mais humana e digna.

Se assim pensarmos, como aceitar a atual pavimentação da maioria das ruas e avenidas das capitais e grandes cidades?

Como exemplo, basta citar a capital paulista onde a pavimentação pública está a nível de catástrofe tsunâmica.

Para VIPPES e pessoas com dificuldades definitivas ou transitórias, é um risco circular a pé, de bicicleta, moto, automóvel ou ônibus. Os buracos, ondulações e desníveis no “leito carroçável” (eufemismo para pavimentação) tornam efetivamente própria para tração animal algumas das principais ruas e avenidas de São Paulo. VIPPES com problemas de coluna, de joelhos, de artrose, de osteoporose, diabetes, obesidade, convalescença cirúrgica, mácula, etc… sofrem a cada vez que precisam sair de casa. E a sociedade vai precisar deles daqui para a frente, porque não haverá juventude suficiente para “tocar” a economia e a sociedade em todas as suas necessidades de sobrevivência.

A Prefeitura da cidade parece não conhecer o problema ou talvez considere que dessa maneira a chance de reduzir a população por morte acidental resolverá as dificuldades atuais da superpopulação.

Mas onde estão os profissionais liberais (liberais?) que poderiam mudar a fisionomia grotesca da pavimentação pública? Que fazem? Não enxergam? Não possuem voz ativa através de suas entidades de classe? Não consideram que possuem responsabilidade social? Será que não acreditam que envelhecerão também?

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