- 07 de abril de 2019

Empresa reformadora

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Muitos capitalistas procuram oportunidades para aplicação financeira e quando são empreendedores sempre tentam olhar o que o futuro vai apresentar como possibilidade de bons ganhos.

empresas_reformadorasUma sugestão que certamente vai se tornar apetitosa nos próximos cinquenta anos é o setor imobiliário de reformas.

Não há como errar.

O envelhecimento populacional é um fato que não pode mais ser “brecado” e sua velocidade é constante e com tendência de aumento. Esse fato já é um motivo de confiança para qualquer investidor: a certeza de que o capital estará sendo aplicado em uma atividade que depende de uma condição demográfica já definida para o século completo.

O outro fator que garante a segurança do investimento é a degradação natural das construções imobiliárias. A quase totalidade do mercado imobiliário é composta por construções deterioráveis no tempo e boa parte delas apresenta excelentes perspectivas de durabilidade estrutural, mas precisando de reformas e adaptações.

Por que o envelhecimento populacional vai garantir a necessidade de reformas?

Porque os novos VIPPES não ficarão imobilizados dentro de construções sem possibilidades de proporcionar entradas e saídas com facilidade e autonomia. A expectativa de vida aumenta à razão de 3 meses mais a cada ano e eles irão aproveitar esse “bônus” de vida a mais. Esses novos VIPPES não aceitarão a barreira de uma escada, não se contentarão em ficar vendo televisão em lugar de fazer uma caminhada no pátio ou no jardim do prédio. Eles terão mais saúde que os velhos do século XX e também melhores condições econômicas.

As construções vão precisar de manutenção, mas não apenas na pintura. Elas terão que proporcionar acessibilidade total para os VIPPES e deficientes físicos que também serão VIPPES em maior quantidade que a atual. Assim, as reformas não serão apenas em aspectos acessórios, mas principalmente estruturais. Escadas que desaparecerão, banheiros com novos espaços e materiais, pisos antiderrapantes e minimizadores de quedas ou efeitos de quedas, novas tecnologias para instalações elétricas, chuveiros e iluminação em geral.

Parte da população não terá como adquirir novos imóveis, mas não terá como evitar o envelhecimento de seus pais que não morrerão tão cedo. É possível imaginar que em muitos imóveis, um novo quarto deverá acomodar o novo profissional etário, o cuidador de idoso.

A maior cidade do País, a capital paulista conta em 2014 com mais de um milhão e cem mil VIPPES de sessenta anos em diante. A maior parte deles mora em unidades residenciais construídas nos últimos trinta a quarenta anos. Aquelas que não terão condições de reformas, seja pela qualidade já comprometida ou pela impossibilidade técnica ou financeira, serão substituídas por novos sistemas habitacionais já nas novas exigências.

Entretanto as demais, apesar da passagem do tempo, são imóveis que podem ser preservados e as reformas os tornarão próprios para o novo mundo etário.

Evidentemente as “reformadoras” terão que exibir uma qualidade técnica que seja mais que suficiente para a garantia do resultado imaginado. Para isso elas precisam desde já a construir seu “currículo empresarial”.

Wolfgang K. L.

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