Uma residência tem que se adaptar às necessidades dos VIPPES. O que se podia fazer em casa aos 20 ou aos 40 anos se torna mais complicado depois dos 50 e quase impossível depois dos 80. A solução é “reciclar” a moradia.
Aquela porta nunca atrapalhou a livre movimentação dentro da casa, mas de uns tempos para cá se tornou um empecilho. Que fazer? Trocar de casa por causa da porta? Arrancar a porta com talhadeira, martelo e alicate? Explodir tudo?
A racionalidade determina que medidas práticas precisam seguir um plano bem elaborado através de análises criteriosas de “problemas e soluções”.
A preocupação em adaptar moradias às características dos VIPPES é uma constatação recente. Como essa classe etária era reduzida em número e os seus componentes, com exceções, não iriam viver muito tempo, não era preciso pensar em alterar a estrutura funcional.
A situação agora é outra e bem diferente: os VIPPES se multiplicam como nunca e a perspectiva de vida aumenta substancialmente a cada ano. Os VIPPES viverão muito mais tempo na mesma casa depois dos 50 anos.
É aí que as coisas terão que mudar.
Atualmente se fala muito em reciclar o lixo, reciclar a escola, reciclar lojas, supermercados e shoppings.
Agora é o momento de reciclar as moradias. Trocar as instalações hidráulicas e elétricas, implantar as eletrônicas, investir na energia renovável, reduzir o desperdício, evitar o consumo inútil de tempo.
Os VIPPES que querem se manter “inteiros, ativos, produtivos e felizes” desejam que a moradia não se transforme em uma barreira a essas pretensões, mas sim que ela proporcione menor desgaste de conservação e facilite o seu uso sem dificuldades e esforços inconvenientes.
Acabar ou modificar escadas, facilitar o uso de equipamentos elétricos, eletrônicos e mecânicos, acabar com degraus traiçoeiros, eliminar quinas vivas e janelas emperradas, e assim por diante.
Com certeza devem estar se formando empresas de reciclagem residencial para VIPPES. Vão ter muitos clientes e muito sucesso! Apostem nisso!
