A quantidade de turistas VIPPES cresce vertiginosamente. Aviões, ônibus, trens e navios de cruzeiros começam a constatar a realidade do envelhecimento populacional. VIPPES vão ocupando mais e mais espaços.
Com esses passageiros “preferenciais” segundo legislação etária, todo cuidado é pouco. A natureza coloca certas barreiras que dificultam algumas atividades do pessoal de cinquenta anos em diante. Naturalmente essas dificuldades em graus maiores se observam com o avanço da idade e, portanto, é normal que VIPPES de 80 a 90 anos tenham restrições maiores.
Supondo um transatlântico com dois mil passageiros, os VIPPES ocupavam duzentos lugares até pouco tempo atrás. Atualmente (2014) já ocupam mais de 400. Na próxima década deverão reservar mais de seiscentos.
Segue uma tabela com a projeção do número de turistas VIPPES em um transatlântico de 2.000 passageiros nos próximos anos. Com a distribuição por classes sociais.
(Fonte: IBGE – Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade 2000/2060 – Revisão 2013)
Ano |
Nº de VIPPES em um navio com 2 mil turistas |
Classe A (1%) 2% |
Classe B (17%) 29% |
Classe C (41%) 69% |
2000 |
310 |
6 |
90 |
214 |
2014 |
414 |
8 |
120 |
286 |
2020 |
500 |
10 |
145 |
345 |
2024 |
546 |
11 |
158 |
377 |
2030 |
624 |
12 |
181 |
431 |
2040 |
752 |
15 |
218 |
519 |
2050 |
868 |
17 |
252 |
599 |
2060 |
952 |
19 |
276 |
657 |
Na realidade, os VIPPES já participam nos cruzeiros marítimos com porcentuais acima dos mencionados na tabela. Serviços médico-hospitalares para eles vão se tornando imprescindíveis nas viagens marítimas.
Mais de quatrocentos VIPPES em um cruzeiro de três ou quatro dias pode resultar em algumas complicações motivadas não pela viagem em si, mas pelas próprias condições pessoais deles. É natural que algumas dificuldades já existentes sejam exacerbadas.
Essas portentosas naves já possuem serviços médicos para emergências, entretanto, é preciso uma especialização em VIPPES e suas peculiaridades em função da idade.
Além do serviço de emergência, é preciso que haja atendimento de nível hospitalar para os casos mais graves e transporte através de helicópteros para situações ainda mais complexas.
O atendimento médico específico para essa classe etária será mais que uma cortesia; é uma necessidade imperiosa.
Valerá a pena tanto para os VIPPES quanto para as operadoras marítimas.
J. Mark Torrence