Muitos VIPPES fizeram viagens de turismo em navios de luxo apenas para assistir shows do Roberto Carlos. Sem ele não haveria cruzeiros no litoral brasileiro?
É lógico que haveria. O Roberto Carlos era um motivo a mais para atrair turistas VIPPES. E ainda poderá ser enquanto tiver alguma voz. E até quando não tiver mais voz nenhuma.
Nenhuma empresa turística levaria o Roberto Carlos para fazer shows para jovens porque estes estão a fim de morrer pelos Justin Bibier, Michel Teló, Luan Santana e outros expoentes da nova safra de artistas.
Mas a juventude não teria condições de pagar tanto para um show onde ele é apenas um item de um completo e tentador programa turístico.
Quantos VIPPES caberiam nos navios turísticos que fazem a costa brasileira em cada ano?
A resposta dependeria de vários fatores:
– custo por VIPPES
– roteiros possíveis
– facilidades de pagamento oferecidas
– condições efetivas de acomodação
– possibilidades efetivas de alimentação
– recursos para eventuais problemas de saúde
– exigências de saúde
– facilidades acessórias (transporte terrestre ida e volta, transporte nas escalas, serviços pessoais de bordo, pilotos para cadeirantes, etc.)
– seleção de companhia para cabines
– descontos para acompanhantes obrigatórios (cuidadores, enfermeiros)
– programas disponíveis
– contatos pessoais oferecidos a qualquer momento em que se fizer necessário
Evidentemente a oferta de todas essas providências encarece o valor da viagem. Mas é preciso que elas sejam disponíveis. Também é certo que nem todos os interessados precisarão ou desejarão ter todos esses recursos e muitos estarão acompanhados por parentes e amigos dispensando, portanto certos serviços.
Toda a estrutura turística brasileira precisa estar preparada para a onda dos VIPPES. Eles deverão preencher a lotação de hotéis, pousadas, navios, aviões, ônibus e seja lá o que for que os levem para fora de seus locais de residência constante.
O grande show do turismo no Brasil nos próximos anos será o dos VIPPES.
Não será preciso que o Roberto Carlos esteja presente, mas se estiver, melhor ainda, por que não?
Torquato Morelli