Farmacêutico é um profissional que entende de pesquisa, fabricação, comercialização e acompanhamento do uso de produtos farmacêuticos. Trabalha em laboratórios de pesquisas, drogarias e farmácias. E os VIPPES?
VIPPES precisam de profissionais farmacêuticos que conheçam profundamente a natureza humana seja no ângulo físico, seja no ângulo psicológico. Farmacêuticos não fazem o diagnóstico de doenças porque é responsabilidade da classe médica, mas são eles que orientarão os pacientes para a correta administração de medicamentos.
No sistema atual de atendimento médico, seja particular através de Convênios em planos de saúde ou nas unidades instaladas pelos vários níveis de governo, não se observa uma “consolidação” terapêutica em função da interação medicamentosa (efeitos não desejados de medicamentos que interagem com outros).
O médico normalmente cuida apenas da área de sua especialização e prescreve aquilo que considera o melhor para os VIPPES. Estes, em parte dos casos, tratam de problemas de saúde que envolve várias especialidades e são medicados adequadamente em cada uma.
Na prática, muitos medicamentos não podem e não devem ser administrados concomitantemente porque há uma interação (combinação) entre eles. Em alguns casos os efeitos desejados são maximizados e ficam além do objetivado e em outros, ocorre o resultado inverso. Existe ainda a possibilidade de neutralização das ações medicamentosas que acabam resultando em danos para vários órgãos e quase nenhum efeito benéfico esperado.
O filtro para se evitar essas distorções, infelizmente elevadas, é o farmacêutico. É ele quem estará atento para o conjunto medicamentoso prescrito ao paciente por um ou mais de um médico. É o farmacêutico quem avalia a natureza e a gravidade dos efeitos colaterais adversos porque é na farmácia que caem mais constantemente as informações dos VIPPES ou familiares sobre problemas com a terapêutica.
Em uma sociedade com forte expansão da população VIPPES, farmacêuticos terão que se preparar para conhecer profundamente as características de interação das novas terapias medicamentosas.
E quanto maior a competência que os farmacêuticos demonstrarem, melhores serão suas possibilidades de sucesso na nova sociedade mais envelhecida do século XXI.
Germano Hansen Jr.
