- 06 de abril de 2019

Pacientes VIPPES, cuidados especiais

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Doenças surgem ou se agravam com a idade e esses percentuais refletem no envelhecimento dos VIPPES e aumento da longevidade – com cada vez mais indivíduos vivendo até os 90, 100 anos, perto do chamado limite biológico.

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Este contexto desafia as instituições e os profissionais de saúde, já que o processo de envelhecimento se dá de forma diversa em cada indivíduo e essas  especificidades têm um grande impacto sobre os cuidados especiais que devem ser tomados com o paciente idoso.

“Um exemplo muito expressivo é o caso da osteoporose. Quem pode evitar essa doença através de suplementação com cálcio, quase certamente não sofrerá quedas em razão de fratura patológica (fraturas sem quedas, por rompimento de osso rarefeito, geralmente do fêmur).

Com fratura e quase sempre difícil recuperação (imobilização temporária) e possibilidade de perda ou redução de movimentos, as despesas com hospitais, médicos, fisioterapeutas, cuidadores, etc. serão consideráveis.” E mais… A IOF – Fundação Internacional de Osteoporose – divulgou, recentemente, dados que mostram que um terço de todas as fraturas de quadril no mundo ocorrem em homens, com taxa de mortalidade até 37% no primeiro ano após a fratura, o que significa duas vezes mais que a de mulheres.

Isso ocorre, mesmo com uma proporção de incidência de casos em mulheres superior à dos homens –  um em cada três casos, a partir dos 50 anos.

Entre o sexo masculino, a proporção é de um homem em cada cinco casos.

O relatório do IOF mostra ainda que de 1950 a 2050, o número de homens com 60 anos ou mais – o grupo etário de maior risco de osteoporose – deve aumentar dez vezes.

Preocupada com gastos e com o bem-estar dos VIPPES, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo implantou um modelo inédito de hospitais especializados em cuidados prolongados para VIPPES. O objetivo é oferecer melhores condições para recuperação de pacientes de longa permanência e, ao mesmo tempo, liberar leitos de internação em hospitais gerais.

Inicialmente o modelo de atendimento será disponibilizado nas Santas Casas de Ipuã e Pedregulho, na região de Franca, que foram adaptadas para receber os pacientes com 60 anos ou mais.

Serão 42 leitos, no total, dos quais 22 em Pedregulho e 20 em Ipuã. Até o segundo semestre de 2014 outras quatro unidades devem ser revitalizadas nas regiões de Araçatuba, Presidente Prudente, Marília e São José do Rio Preto, totalizando 160 leitos.

As Unidades de Cuidados Prolongados serão em hospitais de pequeno porte, com menos de 50 leitos, com investimentos de R$ 24,1 milhões para a revitalização das unidades e mais R$ 98,8 milhões de custeio anual.

O projeto das Unidades de Cuidados Prolongados é pioneiro no Brasil,  ferecendo aos pacientes convalescentes até 90 dias de internação com reabilitação física, nos casos em a recuperação é demorada e precisa de uma atenção especial antes do retorno do paciente ao seu município ou ao tratamento na rede básica.

Autor: Mona C. Cury

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