- 07 de abril de 2019

Mina de Ouro

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Uma grande mina de ouro do envelhecimento populacional é o interesse do pessoal de mais idade pela cultura e lazer. O que pode ser feito para os mais de 40 milhões de hoje e que vão passar de 100 milhões logo, logo!

mina de ouroMuitos dos novos VIPPES (antes eram os Velhos, os Terceira Idade, os Melhor Idade, os Aposentados) são familiarizados com o mundo moderno e dinâmico. Já conhecem e operam com equipamentos de informática, usam telefone celular e sabem tirar partido da Internet.

Vamos estabelecer como tese um VIPPES de 50 anos (nasceu em 1963). Entrou no mercado de trabalho em 1981 (com 18 anos). Nessa época já aparecia no Brasil os primeiros notebooks. Quando este VIPPES completou 28 anos de idade já era possível o acesso a um telefone celular.

Desse momento em diante a rapidez da era eletrônica dominou a sociedade modificando profundamente os hábitos. Não houve propriamente uma ruptura com gerações anteriores porque as mudanças envolviam todos aqueles que estavam em atividade seja qual fosse a idade e nível educacional. Como os novos equipamentos traziam benefícios fantásticos em relação aos métodos anteriores, a aceitação foi relativamente simples e rápida.

Pessoas nascidas em 1943, portanto com 70 anos hoje, estavam no auge de atividade no período de 1983 a 1993 (tinham de 40 a 50 anos) e acompanharam os novos rumos da sociedade que rompeu definitivamente com os laços do passado. Agora, parte daqueles que não tiveram a oportunidade de atualização na época – por razões diversas – estão ávidos para entender melhor o mundo em que vivem hoje para que não sejam rotulados como a geração dos idosos alienados.

Por outro lado aqueles que já viveram com as inovações sabem que a dinâmica impede que se pare de aprender e de entender a atualização tecnológica que move o mundo.

São esses os novos VIPPES que não querem ficar alheios ao Tablet, à energia eólica, aos Iphones, Ipads, Blue Ray, à nuvem, etc.

E aonde irão se atualizar?

Se a resposta sugerir que os VIPPES deverão frequentar a Internet, a resposta terá que ser considerada errada.

Os VIPPES querem aumentar o relacionamento presencial. Não vieram de um tempo em que conversavam com máquinas. Exatamente pela inexistência dos sistemas de inteligência eletrônica atuais, os VIPPES precisavam de se relacionar e essa atividade produziu efeitos excelentes na convivência.

As instituições com denominações como faculdade da terceira idade, faculdade da maturidade, faculdade sênior, etc. surgiram e se mantêm. Essas instituições criadas por profissionais do setor educacional tiveram ótima aceitação em todos os níveis sociais. Elas vieram atender a uma necessidade de atualização do pessoal de mais idade.

O sucesso se deveu ao tipo de programa que favorece o relacionamento entre os participantes. Educadores dedicados, visionários, idealistas e profetas sociais acreditaram na importância da educação continuada (retrato disto o Portal VIPPES apresenta na reportagem “Programas de Educação Permanente” na Seção Notícias e Informações).

O problema é que o mundo evoluiu e essas instituições não conseguiram encontrar uma maneira de crescer concomitantemente. A quantidade de VIPPES nos cursos tem se mantido nos mesmos níveis dos primeiros anos. A expansão não aconteceu.

Quais os motivos dessa estagnação? O mais destacado é a ausência de divulgação. Esta não existe ou é tênue porque a maioria das instituições não gera lucros e em alguns casos sobrevivem graças à abnegação pessoal de alguns educadores.

É preciso que as instituições existentes sejam reformuladas. O critério precisa ser mercadológico. Há espaço para instituições de vários níveis sócio-econômicos. Os VIPPES podem pagar! Naturalmente vão exigir retorno adequado, mas não se furtarão a reservar parte de suas economias em um investimento que atende necessidades ditadas pela vontade de viver a modernidade ou, no mínimo, de satisfazer frustrações do passado.

Grande chance para empreendedores! VIPPES serão os grandes alvos da educação continuada. De qualidade! Mercadologicamente orientada.

Germano Hansen Jr.

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