- 06 de abril de 2019

Rede social VIPPES

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Achar que os VIPPES devem fazer do Facebook a sua principal via de comunicação é desconhecer a sua natureza essencial. E qual é? Alguém sabe? É possível que VIPPES pensem igual a adolescentes?

informatica2Evidentemente, os “donos” do Facebook e todos aqueles que “apostaram suas fichas” de publicidade e promoção nesse veículo, vão jurar que conhecem os VIPPES.

Alegarão que sabem como eles vivem, como sentem, como reagem aos estímulos da vida moderna.

Só que não é verdade!     

Qualquer pesquisa já feita com VIPPES pouco significa. Essa não é uma afirmação vazia, mas, pelo contrário, é realista e lógica. Realista porque reflete o que efetivamente acontece sem deturpações motivadas por interesses ou conveniências circunstanciais.

Lógica porque os fatos que a suportam são incontestáveis.

Quais são eles?

Primeiro: Nenhuma pesquisa foi divulgada até agora. Se houvesse uma pesquisa confiável e correta, haveria uma divulgação maciça dos resultados.

Segundo: A velocidade do envelhecimento populacional é tão grande que todas as pesquisas se tornam válidas por um tempo muito curto. Por que, no caso dos VIPPES, o tempo seria considerado “muito curto”?

Como os VIPPES eram minoria pouco expressiva, na prática não ofereciam qualquer interesse para o mercado (exceções sempre existiram). Para que gastar dinheiro com um pessoal terminal sem maiores alternativas do que o aguardo do desenlace final?

Não é uma consideração negativa ou depressiva. É o reconhecimento daquilo que foi implantado na sociedade do século XX: a velhice é triste, desagradável e sem esperanças.

Com o envelhecimento, os números demográficos que os representam, crescem vertiginosamente e a participação deles na composição da sociedade aumenta de maneira preocupante.

Essa mudança quantitativa provoca uma alteração profunda na percepção social dos VIPPES.

De forma muito rápida, eles vão percebendo que se tornam uma força crescente e suportada por uma tendência que parece valer para todo este século. Essa dinâmica altera a visão e o comportamento desse pessoal. Vão se sentindo mais importantes na sociedade, mais necessários e provavelmente imprescindíveis. Não terão mais medo ou constrangimento pela longevidade, mas orgulho e motivação para continuar vivendo. E se possível, melhor!

Portanto, uma pesquisa feita em 2013 terá valor menor em 2014 e menos em 2015, pouco em 2016, quase nenhum em 2017 e desprezível em 2018. Daí o “tempo muito curto” de validade de qualquer pesquisa.

Terceiro: Quem planeja e organiza uma pesquisa não pode se basear em resultados anteriores. Se a sociedade fosse estática, só os números mudariam e não a situação. A dinâmica do homem em grupo faz com que a cada momento as impressões variem. Alguns acontecimentos provocam mudanças radicais e outros apenas superficiais.

O envelhecimento populacional é um fenômeno inédito, uma metamorfose estrutural na sociedade. Nunca houve nada parecido. Não há fenômeno anterior em que se basear. Toda e qualquer informação terá que ser verificada, comprovada, verificada novamente e observada adequadamente, com constância e sem pressa. Afinal, é o futuro da humanidade que está em jogo.

Parte dos VIPPES pode saber o que é o Facebook, mas a maioria não o conhece e se o conhecesse, não se entusiasmaria em frequentá-lo. Ou será que a realidade não é bem essa? E se for? Será que o Facebook seria a rede social indicada para os VIPPES?

Vamos ter que saber. Com certeza, de maneira confiável. Logo!

J. Mark Torrence   

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