- 04 de abril de 2019

Oficinas da Saúde

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Uma simples, mas muito simples olhada nas estatísticas demográficas, ressalta a amplidão das oportunidades de negócios para o novo mundo dos VIPPES em rápida expansão.

oficinas_da_saudeUma das maiores necessidades desse pessoal que estará se tornando uma força exponencial nas próximas décadas é ter boa saúde.  Ter saúde é essencial sempre, mas os VIPPES desejarão não apenas ter saúde, mas uma boa saúde.

Qual é a diferença entre saúde e boa saúde para os VIPPES?

Saúde é conviver com a normalidade de funcionamento do organismo. Boa saúde é superar os desgastes naturais do passar dos anos. À medida que a idade avança o organismo vai apresentando degenerações próprias e naturais. As células já não se multiplicam como antes e determinados órgãos e sistemas se tornam menos sincronizados ou atuantes. As articulações são menos flexíveis, a vista, a audição e o paladar tornam-se menos precisos.

Em contrapartida, células apresentam tendência de se tornarem atípicas e de maior potencial de malignidade. O esqueleto pode perder consistência por osteoporose e desgastes por motivos diversos através da vida. Coração, pulmões, fígado, estômago, intestino e outros órgãos são sensíveis aos hábitos alimentares, de vida, de cuidados e prevenções. Tudo aquilo que aconteceu de melhor e de pior com a saúde desde o nascimento (e até antes) acaba se refletindo depois dos quarenta e, principalmente, depois dos cinquenta anos.

Assim, ter saúde a partir dos cinquenta compreende o resultado de toda uma vida. E um bom resultado é ter a saúde em concordância com a idade, ou seja, ter vivido bastante e manter o organismo apto para viver ainda mais. Isso é ter saúde. Boa saúde é estar melhor que o normal esperado para a idade.

VIPPES de oitenta anos que ainda podem dançar sem dificuldade porque as articulações (joelhos, tornozelos, braços) não apresentam o desgaste natural e comum estão com boa ou excelente saúde. Milhões de VIPPES vão compor o maior grupo etário das próximas décadas e vão querer ter boa saúde.

Assim, milhares de clínicas de saúde serão necessárias para ajudá-los a manter e melhorar a saúde. Poderíamos até criar uma identificação mais adequada para essas novas clínicas destinadas aos novos VIPPES de uma nova sociedade. Elas poderão ser as “Oficinas da Saúde”.

Só para dar uma idéia do volume de clínicas que serão necessárias para atender os novos VIPPES, imaginemos o pessoal de 90 anos em diante querendo manter uma boa qualidade de vida. O crescimento dos VIPPES é tão veloz que a sociedade ainda tem muita dificuldade para visualizar os números e transportá-los para as ruas das cidades.

No quadro abaixo, de acordo com o IBGE – Projeção da População Brasileira por Sexo e Idade 2000/2060 – Revisão 2013, dá para perceber como se desenvolve a substituição etária em velocidade.

Ano

2.000

2.010

2.020

2.030

2.040

2.050

2.060

90 em

diante

280

mil

390

mil

740

mil

1.260

mil

2.130

mil

3.560

mil

5.020

mil

Verifica-se que se fossem instaladas Oficinas da Saúde para atender exclusivamente VIPPES de 90 anos em diante e que cada Oficina tivesse um quadro de 100 clientes fixos, no ano de 2000 precisaríamos de 2.800 estabelecimentos. Mas daqui a apenas seis anos já estaremos tendo que montar 7.400 Oficinas, ou seja, 164% a mais para um crescimento geral da população nesse mesmo período (2.000 para 2020) de 22% apenas.

E pasmem: em 2060, o Brasil precisaria de 50.020 Oficinas de Saúde apenas para os VIPPES de 90 anos em diante que crescerão 1.693% (um mil seiscentos e noventa e três por cento) sobre o ano 2000 contra um crescimento da população geral no mesmo período de mirrados 26% (vinte e seis por cento).

Sobre Oficinas de Saúde escreveremos um novo artigo proximamente.

G. Hansen Jr.

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