Ler textos em dispositivos digitais, tais como e-readers e tablets, exige menos esforço visual por parte dos VIPPES do que a leitura em papel. A informação é de uma pesquisa publicada no PLoS ONE (www.plosone.org).
Até agora, os estudos têm revelado que as pessoas preferem ler livros em papel ao invés de usarem essas plataformas. Nesta nova pesquisa, os autores avaliaram as origens dessa preferência, levando em conta o esforço neural necessário para processar informações quando a leitura é feita utilizando cada um destes três meios diferentes.
“Eles descobriram que, quando questionados, os Vippe declararam uma forte preferência pela leitura em livros de papel. Mas, quando os movimentos dos olhos foram comparados com a aferição da atividade cerebral, durante a leitura, os Vippes se saíram melhor com os leitores digitais e suas telas retroiluminadas”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, (www.imo.com.br) Instituto de Moléstias Oculares.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram dois dados do grupo de leitores: o tempo necessário para a fixação visual e a medida da atividade cerebral (realizada por meio de um eletroencefalograma) no momento em que eram usados os diferentes dispositivos de leitura, visando identificar a quantidade de processamento cognitivo necessária para cada dispositivo.
Os pesquisadores descobriram que os leitores mais jovens, entre as idades de 21 e 34 anos, mostraram movimentos oculares e medidas de atividade cerebral semelhantes utilizando os três dispositivos de leitura.
Já os Vippes, com idades entre 60 e 77 anos, levaram menos tempo para fixar os olhos no texto e apresentaram uma menor atividade cerebral quando a leitura foi realizada num tablet, em comparação com os outros meios de comunicação. O estudo conclui que este efeito é provavelmente devido a uma melhor discriminação do texto nas telas retroiluminadas. Fica uma sugestão para o mercado Vippes: a adaptação às novas tecnologias.
