- 07 de abril de 2019

Hospitais dedicados

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O Portal VIPPES Negócios defende o planejamento e instalação de serviços especiais para o atendimento de VIPPES de todas as faixas etárias. É imprescindível que isso aconteça em todas as atividades.

hospitais dedicados

No campo da saúde a necessidade de serviços e estabelecimentos especializados em VIPPES é inegável.

Hospitais talvez sejam os principais exemplos dessa exigência.

A razão são as características especiais que os VIPPES apresentam e que os diferenciam da população em geral.

Os hospitais possuem normas para o atendimento de todos os pacientes que os procuram. A maioria estabelece uma triagem baseada na aparente seriedade das condições físicas apresentadas pelos pacientes quando chegam ao hospital. Essa primeira seleção independe da idade ou outros fatores.

O segundo critério é o de pacientes preferenciais, que na prática significa os idosos (VIPPES de 60 anos em diante).

Aqui começam os problemas. Em um hospital geral para toda a população, os VIPPES, mesmo com a determinação de prioridade no atendimento, não recebem a atenção devida. Isso acontece em razão de aspectos que na maioria das ocasiões não são observados ou entendidos pelo pessoal que presta serviços nos hospitais.

Vamos a alguns deles:

– Visão: uma parte dos VIPPES não enxerga bem e parte vai perdendo a visão pouco a pouco sem se darem conta disso. Em muitos hospitais o atendimento de pronto-socorro, principalmente, é feito através de chamadas em displays eletrônicos ou senhas impressas de difícil visualização até pelo Suprimem.
– Audição: há hospitais que usam o sistema de chamar pelo nome em um salão ou pelo alto-falante. No mínimo esse procedimento indica o desconhecimento da dificuldade auditiva de parcela significativa dos VIPPES.
– Mobilidade: alguns VIPPES precisam de mais tempo para se levantar de uma cadeira e andar até o local onde foram chamados.  Na realização de exames e até procedimentos mais simples como pesagem ou tomada de pressão podem mostrar algumas dificuldades causadas por artroses e enrijecimento muscular. Não fazem isso para irritar os atendentes, mas porque não podem fazer de outra maneira.
– Acessibilidade: em alguns hospitais ir de um local para outro se transforma em verdadeira gincana. Fica complicado até para jovens desinibidos encontrar o caminho. VIPPES deveriam ser monitorados porque terão maiores dificuldades em razão das dificuldades que já trazem normalmente.
– Sociabilidade: ninguém gosta de estar em um hospital. Perceber que os atendentes fazem o trabalho com responsabilidade e educação já se torna parte da possibilidade de bom resultado nos procedimentos que se fizerem necessários. Isso geralmente não acontece nos hospitais gerais.
– Comportamento: VIPPES podem apresentar comportamentos anormais em razão de doenças mentais, efeito de medicamentos, muitas experiências negativas. Os atendentes de hospitais gerais não são orientados para identificar ou lidar com esses casos.

Conforme se percebe, são muitas as nuances que devem ser levadas em conta quando se atende VIPPES.

Hospitais especializados podem ter equipes orientadas e treinadas para atender VIPPES, desde médicos, enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, até o pessoal de serviços gerais como colaboradores da segurança, faxina, higienização, etc.

Entende-se que nos municípios que não comportem um hospital especializado para VIPPES, haja pelo menos equipes preparadas para o atendimento deles.

Nas capitais e grandes cidades é conveniente criar os hospitais especializados. Os resultados deverão ser muito satisfatórios e melhores. O custo-benefício para a sociedade será transparente e gratificante.

Em tempo: acabamos de saber que o Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, instalado na capital paulista, passou por reformas e atualizações para se tornar um hospital especializado em VIPPES, que já representavam 60% dos pacientes. Ótima notícia e excelente exemplo para o País. Prova de avanço no tempo e na nova realidade etária. O governo do

Estado e equipe merece os cumprimentos e agradecimentos pela importante e significativa demonstração de responsabilidade pelo futuro.

G. Hansen Jr.

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