- 07 de abril de 2019

Câncer Colorretal

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O câncer colorretal é o terceiro tipo mais incidente no País. E, assim como na maior parte das neoplasias, acontece mais em VIPPES. Prevenção é a chave para evitar a doença e é preciso reconhecer e conviver com sua importância.

decisoes_medicasSem dúvida prevenção é a palavra-chave. Com a veloz substituição etária em curso no Brasil, crescente cada vez, o número de casos de câncer colorretal pode subir de uma maneira igualmente veloz, ou seja, com tendência de crescimento nos próximos anos, o câncer é uma questão de saúde pública, principalmente ao se levar em consideração seu percentual de prevenção: cerca de um terço dos casos novos de câncer no mundo poderia ser evitado.

A fim de se evitar gastos em torno de milhões ao tratar a doença nos seus estágios mais avançados – sem falar no sofrimento humano – o mais inteligente é focar em prevenção.

Encontro com Especialistas do A.C.Camargo Cancer Center, que aconteceu em 26 de novembro de 2013, no Auditório Senador José Ermírio de Moraes, no A.C.Camargo, em São Paulo (SP), procurou esclareceu as dúvidas do público a respeito dos diversos aspectos da doença.

O hospital é referência no Brasil para tratamentos de câncer, lembrando que, atitudes saudáveis e consultas médicas periódicas, não só promovem mais qualidade de vida, mas ajudam a evitar o câncer,

Conhecendo –Vale lembrar que a informação é a arma mais eficaz de combate ao câncer, tanto na prevenção como na participação do paciente na decisão sobre tratamentos.  Assim, o intestino grosso é a parte final do aparelho digestivo, entre o intestino delgado e o ânus e divide-se em cólon e reto. O intestino delgado conecta-se ao cólon em uma área chamada ceco. O reto, por sua vez, liga o cólon ao ânus, por onde são expelidas as fezes. A principal função do intestino grosso é absorver água e sais minerais, dando uma forma mais consistente ao bolo fecal.

“Câncer colorretal é uma doença que tem alta incidência em países desenvolvidos, com cerca de 30 casos por 100 mil habitantes em lugares como Austrália, EUA e UE”, informa o Drº Samuel Aguiar Jr., cirurgião oncológico. Isso se deve, principalmente, a uma dieta rica em carnes processadas e pobre em frutas e verduras.

No Brasil, o câncer colorretal é o terceiro mais incidente entre os homens e o segundo entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama – no caso das mulheres, mas com uma peculiaridade. Nos estados do Norte e do Nordeste a ocorrência é mais baixa, enquanto nas metrópoles do Sudeste é bem mais alta. São Paulo, por exemplo, registra 35 casos por 100 mil habitantes. “Esses lugares acabam imitando o estilo de vida dos países desenvolvidos”, explica Aguiar.

Os fatores de risco para o câncer colorretal são a idade, o tabagismo, o etilismo, doenças inflamatórias do intestino, o sedentarismo, obesidade e sobrepeso, além de uma dieta inadequada. O Drº Aguiar esclarece que quem sofre de constipação não tem maior risco de desenvolver câncer de intestino grosso, assim como hemorróidas não tem relação com a doença. O histórico familiar também tem que ser levado em conta, mas é uma doença mais ambiental do que genética. Todas as pessoas acima de 50 anos têm que fazer exames para o rastreamento, pois cerca de 85% dos casos envolvem pessoas acima dessa faixa etária.

Entretanto, pessoas mais jovens, com histórico da doença na família, podem ter que começar os exames mais cedo. Eles são dois: a pesquisa de sangue oculto nas fezes (anual) e a colonoscopia (a cada 5 ou 10 anos). A colonoscopia consiste na introdução de uma câmera flexível pelo ânus, para estudo endoscópico do intestino grosso. É feito sob sedação e após o uso de laxantes, para “limpar” o intestino. “A colonoscopia identifica, visualiza e remove os pólipos, que são tumores benignos, pré-cancerosos”, afirma Aguiar.

O tratamento para o câncer colorretal, na maioria das vezes, requer cirurgia. À vezes, pode ser necessária a quimioterapia e a radioterapia antes da cirurgia, para redução do tumor e uma retirada menor do intestino grosso. Mas isso depende da localização do tumor e do estagiamento (estágio) da doença. Quando no estágio I, a chance de cura é de 95%. Já no estágio IV, é de apenas 17%. Em casos de tumores no reto, pode ser necessária a colostomia ou ileostomia, que é a abertura de um orifício na  parede abdominal para a saída de fezes direto do intestino, sem passar pelo reto e ânus. Na maior parte dos casos, esse procedimento é temporário, mas, à vezes, pode ser definitivo.

Não existem estimativas globais do custo do tratamento do câncer colorretal, pois cada paciente recebe um tratamento diferente. Vale lembrar que, de acordo com estudo publicado na revista Lancet Oncology, o Brasil gastou US$ 1,5 bilhão em 2009 no tratamento de todos os cânceres.

Sobre o A.C.Camargo Cancer Center: Instituição privada sem fins lucrativos criada em 1953 por Antônio e Carmen Prudente, é um dos maiores centros mundiais em prevenção, diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer. De forma integrada e interdisciplinar, atende cerca de 15 mil novos pacientes a cada ano, vindos de diversas partes do país e exterior. Seu corpo clínico é composto por uma equipe fechada de mais de 500 especialistas, sendo cerca de 200 oncologistas.

Em 2012, conquistou a Certificação Internacional pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA).  Também conquistou a certificação ISO 14001, firmando seu compromisso com a responsabilidade ambiental. O selo de qualidade ambiental ratifica que o A.C.Camargo atua de acordo com os rigorosos padrões estabelecidos pela Norma ABNT ISO.

Já em 2013 foi eleito pela quinta vez  uma das melhores empresas para Você trabalhar do Guia Você S/A Exame. Também conquistou alguns reconhecimentos importantes: foi apontado pela edição 500 Melhores Empresas da revista Istoé Dinheiro como uma das melhores em Saúde e pelo Anuário Valor 1000 figurou entre as cinco Instituições mais importantes no segmento de serviços médicos.

Paulo Tomazinho

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