A pirâmide etária, tão bem delineada nos anos 80, desapareceu de vez neste século. E a elegante forma geométrica estará indicando uma nova oportunidade de mercado, o dos VIPPES – pessoas de 50 anos em diante.
Composição absoluta da população, por idade e sexo – Brasil – 1980/2020/2050
homens mulheres
Fonte: IBGE
Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade 1980-2050 Revisão 2008
A pirâmide que representa a definição etária da população brasileira em 1980, é substituída em 2020 (daqui a menos de 7 anos) por uma imagem que mostra claramente a diminuição da base que representa as novas gerações. Mais drasticamente, em um espaço de apenas mais 33 anos (2050), a imagem praticamente faz pensar em uma inversão da situação etária: é quase um cone de sorvete sem a ponta inferior.
Os motivos para essa alteração muito rápida até mesmo em relação a outros países que já tiveram situações parecidas com a do Brasil de 1980 são a exponencial queda da taxa de natalidade e a acentuada redução da taxa de mortalidade.
As consequências práticas para a sociedade são excepcionalmente significativas e algumas delas exigirão mudanças substanciais em hábitos, leis e comportamentos.
Um aspecto que precisará ser modificado imediatamente é o conceito que a sociedade como um todo pratica em relação às pessoas com mais de 50 anos: velhos ou idosos a caminho do fim. Na época da pirâmide de 1980, o conceito abrangia um porcentual pouco expressivo do composto populacional e suas condições de saúde e recursos eram inadequadas para se pensar diversamente.
Mas, atualmente, a medicina, a tecnologia, a legislação e todas as conquistas da sociedade civilizada tornaram a longevidade não mais um sonho e a própria imortalidade como meta factível.
Entretanto, aliando a melhoria do tempo de vida dos maiores de 50 anos com a redução bombástica da natalidade, os velhos ou idosos vão se tornar numerosos e imprescindíveis para o desenvolvimento e equilíbrio da sociedade.
Como poderia se aceitar uma expansão encorpada da participação das pessoas com mais de 50 anos marcadas pela imagem ultrapassada de velhos ou idosos a caminho do fim?
Elas não mais representam pessoas incapazes de lutar pela vida, não representam mais pessoas doentes e ausentes de sonhos e esperanças, não representam mais uma multidão de aposentados na fila do INSS, não significam mais pessoas a viver do favor dos parentes e do governo.
Na verdade, a sociedade vai precisar do trabalho, da inteligência, do poder econômico e financeiro, da experiência, da paciência, da esperança, da solidariedade, da determinação e da vontade de participar desse pessoal porque não haverá reposição de jovens que serão minoria.
Para auxiliar a mudança do conceito arraigado nos últimos dois séculos, tem que haver de saída, uma mudança na denominação aplicada até então para as pessoas com mais de 50 anos: desaparece a expressão “velhos” ou “idosos” de conotação negativa, depreciativa, preconceituosa e em seu lugar entra a recém-batizada VIPPES.
Por que VIPPES? Primeiro, porque os VIPPES são pessoas realmente VIPs (Very Important Person) e teremos de nos habituar com isso daqui para a frente porque os VIPPES serão realmente as pessoas mais necessárias e fundamentais para a evolução positiva da vida planetária. Segundo, porque os VIPPES serão os jovens que criaram o mundo do amanhã, portanto são os VIPs de ontem e de hoje e que merecem manter o título que souberam dignificar.
Os VIPPES chegaram e representam a última das mudanças sociais planetárias. A sociedade começa a marcha para o equilíbrio etário e provavelmente a elaboração de um novo desenho que aposentará definitivamente a pirâmide em toda a Terra.
E por que o reinado dos VIPPES pode se tornar vitalício?
Os VIPPES são competentes profissionais, experientes seres humanos, profundamente realistas no desafio de vencer as dificuldades. Aprenderam a dominar a vida.
Mais do que qualquer outra classe, os VIPPES também querem a imortalidade e trabalharão para isso.
O Portal VIPPES Negócios tem como missão mostrar esse novo mundo e as grandes oportunidades que ele traz para mexer positivamente com o século XXI.
