- 07 de abril de 2019

Inovação é a meta

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O envelhecimento populacional modifica a sociedade, mas não pode e nem deve ser apenas no aspecto etário. Este sim é o gatilho para nova era da ciência, a ciência da sociedade envelhecida.

filosofia02A humanidade tem vencido todos os obstáculos que a desafiaram no decorrer dos quase 4 milhões de anos de sua existência (Homo “a.afarensis”).

Inicialmente em lentidão doentia, nas últimas décadas a solução de problemas tem sido constante e mesmo os desafios mais preocupantes não resistem à competência do ser humano.

Saímos do planeta e agora objetivamos explorar galáxias, cometas e outras luas. Aprendemos a dominar o átomo e estamos no beiral da porta de entrada para o fóton que nos transformará de matéria em luz e vice-versa. Faz 10 anos que deciframos o código básico do DNA e com ele a chave para mudarmos as “falhas” genéticas e talvez enganarmos a morte. Quem sabe?

Eis que uma novidade possível, mas improvável, se torna efetiva: o envelhecimento populacional.

Será ele o problema final insolúvel? Acabaremos com a humanidade antes de descobrirmos o segredo da imortalidade? Será que não conseguiremos identificar entre os mais de 3 bilhões de genes do DNA aquele que determina o envelhecimento e a destruição final da matéria humana?

É claro que teremos sucesso novamente.

O envelhecimento populacional é um desafio, com certeza! Mas solúvel. A ciência atingiu um nível de conhecimento teórico e pragmático que está muito além da simples questão etária. É preciso apenas que seja colocada de forma correta para o entendimento de todos os agentes ativos da sociedade.

É tão arraigada a noção da velhice como sinônimo de finalização de vida, que falar em envelhecimento já abre caminho para um sentimento de fatalismo, determinismo indiscutível.

Nessa percepção não existe nada de ciência. Apenas acomodação psíquica.

É algo como aceitar o dia e a noite como fatos imutáveis, como um fator impossível de modificação. Tem sido assim nos 4 milhões de anos de civilização e pronto!

A ciência não tem e não pode ter parâmetros fixos. A ciência, que está sempre em paralelo com a pesquisa, imagina, admite, ousa. A pesquisa fornece os elementos concretos para a confirmação, comprovação, ajuste, aceitação, negação ou aperfeiçoamento dos princípios.

O envelhecimento populacional não é o fim da humanidade. Tampouco é uma barreira contra o desenvolvimento e evolução ainda maior dela.

Pelo contrário, o envelhecimento é a renovação do estímulo da criação; de encontrar os meios de fazer dele um trampolim maior para o futuro da raça humana. É aperfeiçoar os instrumentos poderosos da tecnologia que tornou possível os sonhos de centenas de pensadores e filósofos que, sem ter um simples pedaço de papel nas mãos, acreditaram em um futuro que só os “loucos” de outrora inventariam.

Para que isso aconteça é essencial que o conceito de “inovação” seja o instrumento da ciência e da pesquisa. É o “pensar” no que não existe, no que não foi ainda “inventado”, no que não se descobriu até agora.

O que fazer com o envelhecimento populacional?

Como administrá-lo em todos os seus aspectos?

Como torná-lo aceitável e mesmo desejado?

Como aproveitá-lo na solução de outros problemas que assolam o planeta?

De que forma fazer dele um marco fundamental na mudança radical dos aspectos pelos quais os homens são avaliados?

Essas indagações não podem navegar por aí, e, menos ainda na Internet, sem que sejam respondidas rápida e consistentemente.

A ciência e a pesquisa em todas as áreas do conhecimento humano terão que consolidar suas teorias e suas práticas para que a sociedade considere o envelhecimento populacional como um diploma de maturidade da espécie.

Somos capazes para isso!

G. Hansen Jr.

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