- 07 de abril de 2019

Ciência do Envelhecimento

0

Normalmente quando se procura informações a respeito do envelhecimento humano, encontramos milhares de artigos sobre aspectos específicos tais como saúde, nutrição, psicologia, direitos. Mas é preciso ir mais longe!

ciencia e envelhecimento (1)O envelhecimento deve ser pesquisado e profundamente analisado através do ângulo da “administração do envelhecimento”.

Os humanos vão envelhecer e nada existe ainda que possa impedir esse processo. Não que o envelhecimento seja uma doença, praga ou maldição. Mas a sociedade percebe que na velocidade da evolução, parece que a tecnologia não se preocupou com as exigências para tornar o envelhecimento também produtivo.

A ciência e pesquisa tem que abrir uma linha de frente no estudo e criação de instrumentos, processos, produtos e serviços que tornem os VIPPES capazes de participarem da sociedade atual na condição de agentes da evolução e não de “resíduos” humanóides.

Se os pesquisadores considerarem que um VIPPES de 80 anos, por exemplo, deve ser produtivo, eles trabalharão no sentido de identificarem todos os aspectos que precisam ser observados para que,  efetivamente,  esses VIPPES consigam produzir.

Ao se avaliar tais VIPPES, eles poderão ser divididos em categorias ante a função das condições físicas, nível de conhecimentos técnicos, estado psicológico e outras características.

VIPPES com ótima saúde poderão realizar algumas dezenas de tarefas, VIPPES com saúde razoável serão capazes de se saírem bem em parte delas. VIPPES com grau variado de experiências de vida pessoal e profissional terão competências e habilidades expressivas para certas exigências.

Uma vez avaliados, estabelecer-se-ão as necessidades para que possam produzir com eficácia. Parte deles não precisará de acessórios enquanto outros terão que contar com apoio de instrumentos ou recursos especiais.

Se pensarmos que atualmente contamos com 2,6 milhões de VIPPES com 80 anos ou mais, já vale a pena uma pesquisa de perfil desse pessoal para talvez tornar 10% deles totalmente ativos, colaborando para sua própria autonomia e saindo do assistencialismo da família e do Estado. Pode não parecer muito, mas 260 mil VIPPES produtivos podem fazer a diferença na qualidade de vida de mais de um milhão de pessoas que vivem ao seu redor.

Imagine-se então em 2050, quando VIPPES de 80 anos ou mais serão mais de 13 milhões de indivíduos (6% da população do Brasil). No mínimo,  20% deles (2,6 milhões de pessoas) poderão ser produtivos, se desde agora a ciência e a pesquisa se dispuserem a lhes dar as condições e as ferramentas para o trabalho.

Germano Hansen Jr.

Compartilhe.

Leave A Reply