- 07 de abril de 2019

Mentes mais que brilhantes

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A substituição etária precisará de profissionais competentes e experientes para dar o suporte teórico e pragmático às providências para torná-la uma formidável renovação da sociedade organizada.

mentes_mais_que_brilhantesO desenvolvimento do pensamento social é observado principalmente, quando não exclusivamente, nos meios acadêmicos. É no ambiente da Universidade que as ideias se digladiam e sempre alguma luz nova acaba por clarear algum nicho de obscuridade.

O envelhecimento populacional não é exceção.

No Brasil, a maioria das pesquisas e trabalhos confiáveis tem saído de instituições de ensino. Não poderia ser diferente do que tem acontecido em todo o mundo civilizado. É pena que aqui não seja dado o mesmo valor que existe lá fora.

Muitos profissionais de alta qualidade se entregam de cabeça e alma para buscar respostas a questões básicas que compõe o universo da demografia etária e não contam com apoio estatal e privado para facilitar e agilizar os resultados.

O Portal VIPPES Negócios tem como um dos seus objetivos já divulgados dar apoio integral aos profissionais acadêmicos, divulgando, informando, publicando resenhas e trabalhos que venham a colaborar para que a transição etária brasileira decorra de forma positiva.

Aos poucos vamos mostrar alguns trabalhos para que sejam conhecidos de todos que enxergam a importância do fenômeno e o seu potencial de oportunidades.

Envelhecer num país de jovens: significados de velho e velhice segundo brasileiros não idosos”. Excelente obra da professora Anita Liberalesso Neri, da UNICAMP, 155 páginas – 1991.

Apresenta o envelhecimento populacional no Brasil e corajosamente aponta os complicados aspectos sociais que cercam a faixa etária dos VIPPES. Considera a necessidade impreterível de uma análise profunda das políticas que envolvem essa questão sociocultural.

Velhice ou terceira idade: estudos antropológicos sobre identidade, memória e política”. Obra de referência sobre o envelhecimento. Editora da Fundação Getúlio Vargas, 235 páginas – 1998. Compêndio de vários trabalhos reunidos que podem auxiliar a compreensão do tema velhice, envelhecimento e os seus significados do ponto de vista antropológico. Não se contrapõe às obras e opiniões profissionais emanadas das áreas de gerontologia, geriatria, medicina social e psicologia que dominam as publicações sobre o assunto, mas se insere nas intervenções multidisciplinares que proporcionarão melhor avaliação desses fenômenos.

Velha é a vovozinha: identidade feminina na velhice”. Obra em 142 páginas da professora Flávia de Mattos Motta – 1998, publicada pela editora da Universidade de
Santa Cruz (BA). O trabalho divulga os resultados e análise de uma pesquisa realizada com mulheres da Legião Brasileira de Assistência (LBA) sobre o tema envelhecimento e como elas se enxergam nesse processo.

Ainda dessa mesma Universidade, de 2010, um trabalho com 218 páginas com autoria da professora Sílvia Vírginia Coutinho Areosa “Terceira idade na UNISC: novos desafios de uma população que envelhece”.

Por outro lado, há muitos trabalhos acadêmicos que são produzidos continuadamente e com participação de dezenas de professores e equipes de graduandos. A maioria dessas obras pouco conhecidas são documentos que formam um mapa detalhado do conhecimento técnico do principal fenômeno em curso no País. Um deles é representado pelos volumes 10 a 12 do trabalho “Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento” preparado pelo núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, editado em 2006.

É importante que as empresas através de seus setores de suporte técnico procurem conhecer os trabalhos e pesquisas acadêmicas sobre áreas diversas que possam coincidir com os objetivos empresariais estratégicos originados pela substituição etária.

O melhor é que em todos os Estados existem Universidades que realizam trabalhos de muita qualidade e que poderão ser utilizados tanto como suportes técnicos quanto mercadológicos.

Wolfgang K.L.

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