Há uma competição internacional com eventos na Europa que é divulgada como a Olimpíada dos Veteranos (com outra denominação) com várias provas de pista e resistência física. Disputa-se ouro, prata e bronze.
A maior parte dos atletas são esportistas veteranos que já tiveram presença em torneios através das décadas. São habituados, portanto, com uma vida de exercícios, treinamentos e competições duras.
Quando se fala em VIPPES atletas é preciso fazer a distinção entre pessoas que sempre praticaram exercícios e aquelas que nunca ou raramente realizaram atividades físicas regulares e controladas.
Os bons atletas de longa data, aqueles que sempre mantiveram um bom índice de rendimento físico e que disputavam posições principais nos torneios, geralmente, procuram manter o estado atlético por muito mais tempo. Aqueles que raramente alcançaram as melhores classificações nas disputas, normalmente, tendem a abandonar a prática esportiva também por frustração. Afinal, no melhor da forma física não conseguiram alcançar a fama e a glória.
Já os VIPPES que nunca se dedicaram aos esportes físicos de competição, não apresentam condições básicas para a prática dos mesmos quando o organismo já não atende as mínimas exigências de esforço continuado.
Agora, o que os VIPPES podem fazer sem receios e sem a preocupação de atingirem resultados “brilhantes, sensacionais, espetaculares”, é a prática de exercícios físicos não competitivos. São os exercícios orientados para tornar o corpo mais ágil, mais funcional, mais saudável e “menos enferrujado”.
Dizem alguns que a competição é um grande estímulo para os exercícios apresentarem melhores resultados. O que não dizem é que a competição entre pessoas com graus diferentes de prática, diversidade de limitações e disparidade de objetivos pessoais podem trazer problemas orgânicos, psicológicos e emocionais aos praticantes VIPPES não habituados.
É uma questão de pura lógica. Mesmo entre jovens, a diferença de preparo, hábito e objetivo cria heróis, covardes e lesados porque o esforço de competição exige um comprometimento humano que mobiliza todos os componentes físicos, psíquicos e comportamentais.
Por outro lado, VIPPES Inteligentes, Poderosos, Participativos, Exemplares e Solidários sabem que não é o atletismo o melhor campo para exercitarem as suas qualificações pessoais conquistadas fora das quadras e das pistas.
Germano Hansen Jr.