Todos sabem que a idade traz sabedoria, paciência e perspicácia. Mas traz também deficiências disto e daquilo e, por vezes, menos saúde. A melhor vacina para as doenças é a prevenção. Quanto mais cedo, mais saúde sempre!
As doenças nos VIPPES não carregam apenas aspectos físicos, mas também econômicos e sociais. Ninguém gosta de ficar doente e muito menos parecer doente.
Ficar doente dá trabalho: ir atrás de médicos, hospitais, farmácias, medicamentos é o tipo de trabalho chato, complicado e desagradável (só é bom para masoquistas).
Ficar doente também atrapalha os encontros sociais, namoros, aniversários, eventos, viagens e passeios. Também é terrível quando quebra os compromissos de trabalho e projetos de vida. E custa caro com convênio ou sem convênio.
Dizer que ficar VIPPES é estar pronto para ficar doente não representa a verdade. A prevenção iniciada ainda no final da juventude pode ser suficiente para evitar boa parte das doenças ainda comuns nos VIPPES de hoje. Os avanços da medicina clínica são tão espetaculares quanto no campo da cirurgia e dos meios de diagnóstico. E o futuro tende a trazer maiores possibilidades de evitar doenças de qualquer origem.
Prova disso são as vacinas que praticamente eliminaram do planeta moléstias que dizimaram milhões de pessoas de todas as idades em todas as épocas. Hoje, são dezenas as patologias que podem ser riscadas do futuro graças a tratamentos feitos a partir do próprio embrião ou feto humano. Não adianta começar a prevenção aos 60 anos.
Aos 60 anos?
Naturalmente que não. A deficiência funcional nos sistemas e órgãos começa logo depois de alguns meses a partir do nascimento. Algumas dessas deficiências são programadas como se fizessem parte de um cronograma detalhado inerente a todos os seres humanos individualmente. Quer dizer, boa parte das deficiências vai acontecer com todos os indivíduos, queiram ou não. As enzimas que desdobram o leite, por exemplo, vão sendo reduzidas à medida que a alimentação do novo ser humano vai se diversificando.
Em lugar de ocupar o enorme espaço dos meios de comunicação com sugestões do que se alimentar para não engordar, o melhor seria informar quais as medidas preventivas adequadas para a saúde no futuro. São tantas as variáveis que quase não haveria espaço em todo o sistema de comunicação planetário para expor as recomendações para cada indivíduo.
Há uma grande oportunidade para a criação de sistemas inteligentes a fim de tornar a prevenção da saúde um tema permanente no dia a dia de todos. É preciso que a prevenção da saúde seja um hábito criado a partir da infância e que todos a aceitem como parte do sistema de vida, natural e imprescindível para a sobrevivência no tempo.
Germano Hansen Jr.
