- 05 de abril de 2019

Passado não é novidade

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É comum a defesa do Passado como suporte do Presente e exemplo para o Futuro. Em alguns aspectos pode ser verdadeira a afirmação, mas em outros não, principalmente na vida prática.

a_nova_mobiliaO mundo mudou muito nas últimas décadas e boa parte das novidades não foi anunciada com cornetas e trombetas.

Principalmente na área da saúde, as transformações efetivas foram gigantescas e pequena parte é conhecida do público leigo. Não se trata de uma cortina proposital para esconder segredos, mas apenas impossibilidade prática. Avaliações diagnósticas com auxílio de equipamentos de alta tecnologia simplesmente inverteram tendências negativas seculares.

A explicação para a elevação quase inacreditável da esperança de vida nos últimos quarenta anos não é um passe de mágica, mas principalmente a erradicação de doenças em razão da prevenção. Vacinas acabaram com grandes preocupações que assolaram o planeta na primeira metade do século XX e se reduziram até a extinção em boa parte delas, como a poliomielite, tuberculose, cólera e determinadas gripes de alto potencial fatal.

Esses casos que mataram milhões de pessoas durante séculos, tornaram-se lembranças desagradáveis e, por outro lado, comprovações da evolução da medicina.

Entretanto, e felizmente, não são apenas as vacinas que compõem o arsenal da prevenção.

Aparelhos como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, a tomografia por emissão de positrões (“Pet scan”) e a ultra-sonografia, tornaram o diagnóstico preventivo como o maior instrumento de prevenção de doenças quase sempre mortais.

Atrás dessas máquinas muito conhecidas através de filmes, literatura e experiências próprias ou de amigos e familiares, há uma infinidade de recursos para buscar e localizar as mais diversas e estranhas patologias.

O que, às vezes, parece um caso insolúvel, se transforma em um simples tratamento graças à atualização de parte dos profissionais da saúde, principalmente médicos. Geralmente são doenças que não afetam grande número de pessoas e, portanto, a divulgação é seletiva por especialidade médica, quase personalizada.

VIPPES muitas vezes são surpreendidos com novidades em matéria de prevenção da saúde e se sentem felizes quando ainda há tempo hábil para obtenção de resultados favoráveis.

Outros lamentam não terem conhecido a solução que se tornou tardia demais.

Como são os VIPPES que apresentam os maiores índices de problemas de saúde em razão da degeneração normal do organismo, é necessária uma atualização no sistema de informação médica.

Por exemplo, a osteoporose que se torna comum em mulheres e homens, hoje pode ser evitada e até mesmo revertida com uma simples injeção anual. Quantos médicos sabem disso?

Quantos planos de saúde se utilizam dessa conquista para evitar as chamadas “fraturas patológicas” (causadas basicamente por fratura devida à rarefação óssea característica da osteoporose)?

Também para a diabetes, próstata, cardiopatias e outras doenças comuns, há novos recursos diagnósticos que inibem, retardam ou mesmo eliminam males que até alguns anos atrás só eram percebidos quando os sintomas apareciam.

O Passado não serve de referência. Parentes e amigos morreram porque nem eles nem os agentes de saúde dispunham de meios que hoje existem, mas que ainda são desconhecidos em muitas áreas por ausência de divulgação adequada.

O Passado é um grande entrave para a prevenção da saúde. O Presente dispõe de recursos que efetivamente garantem a longevidade dos VIPPES que quiserem participar produtiva e intensamente do Futuro.

G. Hansen Jr.

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