- 05 de abril de 2019

Renovar é saúde mental

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A esperança de vida aumenta continuamente e a idade para aposentadoria continua a mesma. Os VIPPES terão que voltar a trabalhar. Em atividades diferentes, provavelmente.

franquiasO Brasil tem hoje 202 milhões de habitantes e 43,6 milhões de VIPPES. É muita gente!

Só que a maioria desses VIPPES não trabalha. Parte porque não apresenta condições físicas para nenhuma atividade profissional. Outros porque se aposentaram ou foram aposentados e não encontraram empregos para os quais estivessem preparados. Um terceiro grupo é o daqueles que não foram aceitos em razão da idade.

Nessa equação, o x da questão é a elevação contínua da quantidade de VIPPES. Crescem à razão de 1,4 milhão de pessoas a cada ano. De 2014 a 2015 a população total terá um acréscimo de 1,6 milhão de pessoas e apenas os VIPPES crescerão 1,4 milhão, o que fará com que sua participação no total aumente como já está acontecendo nos últimos anos e continuará mais celeremente nos próximos.

Então o que vai acontecer inevitavelmente?

Os VIPPES terão que trabalhar, quer queiram ou não. Não há como evitar.

Por que essa certeza?

Pura lógica!

Os VIPPES continuarão a crescer em números absolutos e em participação, portanto, os outros grupos etários (crianças, jovens, adultos jovens e adultos) irão diminuir.

Se não trabalharem e se as reservas de mão de obra (crianças, jovens e adultos jovens) forem diminuindo, quem vai sustentar o grupo etário que mais cresce?

Os adultos, necessariamente.

Sim, até certo ponto. A partir dele, haverá falta de mão de obra no País, porque hoje já estamos no limite do emprego. Falta pouco para uma taxa de emprego total.

Nesse ponto, os VIPPES serão chamados para a atividade profissional remunerada. Muitas formas poderão ser utilizadas.

Uma delas é o aumento de idade para a aposentadoria. Essa já está sendo efetivada em algumas empresas que já sentiram a dificuldade. É o caso, por exemplo, da Petrobrás, que aumentou a idade para aposentadoria compulsória para não ter que readmitir empregados.

Outra maneira é aumentar a idade da aposentadoria para mulheres antes de alterar para os homens.

Também podem ser estabelecidos bônus ou vantagens para aqueles que se aposentarem voluntariamente mais tarde.

Essas medidas e talvez outras indiretas (redução de impostos, por exemplo, para empresas que admitirem VIPPES) poderão durante algum tempo evitar que os VIPPES sejam mão de obra imprescindível e obrigatória.

Seja como for, os VIPPES deverão ser preparados para o retorno à atividade ou a extensão e continuidade nos empregos. Em qualquer caso, é conveniente para a sociedade que os VIPPES possam fazer uma reeducação profissional. Essa nova formação poderá ser realizada em área diferente daquela em que os VIPPES exerciam a atividade.

Assim, VIPPES que prestavam serviços na indústria poderão ser reeducados para atividades no comércio ou serviços. VIPPES que trabalhavam na área de saúde como enfermeiros poderão fazer cursos na área de fisioterapia. VIPPES poderão até cursar universidades como aperfeiçoamento profissional para exercer atividades de maior exigência educacional.

VIPPES serão necessários em todas as áreas de atividade menos naquelas que exigirem perfeita condição física para o seu exercício.

Muitas empresas poderão ser instaladas para prover aos milhões de novos VIPPES, a orientação e treinamento educacional para o exercício de novas funções e tarefas.

Torquato Morelli

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