- 07 de abril de 2019

Reeducação para trabalhar

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Quando se fala em Reeducação Profissional para VIPPES é comum ouvir alegações sobre as deficiências na própria Educação Profissional. O que poderia ou deveria ser feito em um ou outro caso?

reeducao_profissional (1)Educar é ensinar. Educação profissional é o conjunto de meios e instrumentos utilizados para fazer com que um indivíduo (homem ou mulher) atinja com precisão, qualidade e segurança um determinado resultado na esfera de trabalho.

Em uma situação social normal é perfeitamente possível atingir a previsão. Preparar uma pessoa para operar uma escavadeira de controle eletrônico é tão interessante quanto preparar um advogado para tratar das causas de direito internacional. As dificuldades surgem durante crises onde as condições de educação ou treinamento se tornam difíceis ou reduzidas.

Nos primórdios da revolução industrial houve uma evolução muito rápida e no geral eficaz nas técnicas de educação profissional de operários para trabalharem nas novas linhas de máquinas para produção em larga escala. No auge desse período no começo do século XX, as técnicas de Frederick W. Taylor e Henri Fayol revelaram-se eficazes e desenvolveram não apenas a educação profissional como a própria estrutura de administração e organização das empresas.

Crises políticas locais e internacionais transtornaram o século XX e seja em função de dificuldades durante e após-guerra (Alemanha/Rússia na 1ª Guerra Mundial – 1914/1918), (China/Japão em duas guerras – 1895 e 1931), (Rússia/Japão – 1905), (Alemanha/Japão/Itália/França/Inglaterra/Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial- 1939/1945), as empresas com e sem ajuda do Estado tiveram que encontrar novas técnicas e métodos de educação profissional. Novos equipamentos e o desenvolvimento de instrumentos didáticos proporcionaram mais eficácia e rapidez na preparação de pessoal para todos os níveis de atividade.

O Brasil apresentou um crescimento acelerado de sua população, mas as técnicas de educação profissional não acompanharam o ritmo do País que cresceu com grande massa de operários não qualificados (exceções para indústria automobilística, farmacêutica e aeronáutica). No campo da indústria eletrônica e do setor da informática o atraso foi muito grande em razão de equivocada política do estado autoritário do período 1970/1986. Nesse século o SESC, O SESI e o SENAC destacaram-se como exemplos de educação profissionalizante.

Assim, a grande maioria das pessoas que chegou ao século XXI não estava bem preparada profissionalmente. Só a última década do século passado, com a abertura democrática total e sua continuidade atual, modificou o ensino profissionalizante de forma ampla na maior parte das atividades.

Assim, falar em reeducação profissional é reconhecer a existência de uma falha na educação profissional em muitos setores de atividade. Quando o público alvo são os VIPPES é quase imprescindível estabelecer programas de reeducação para que possam produzir adequadamente. Se considerarmos a formidável velocidade das mudanças tecnológicas, as profundas transformações na comunicação graças às conquistas da Informática e o advento da globalização, nenhum conhecimento se mantém válido no tempo e em algumas atividades o índice de atualização chega a 80% em cinco anos.

A reeducação profissional dos novos VIPPES é ainda mais necessária porque as mudanças são mais intensas, mas menos perceptíveis à primeira vista. Muitos equipamentos perdem sua vantagem para os novos antes mesmo de estarem totalmente pagos. Novas profissões e novas maneiras de exercer as profissões tornam-se lugar comum.

A reeducação profissional não é uma opção, mas uma exigência para a nova geração de VIPPES que terá de permanecer ou retornar ao mercado de trabalho, sabendo-se que a sociedade não poderá prescindir dessa mão de obra. É mais uma das grandes oportunidades de negócios para todos os empreendedores que se preocupam ou tem interesse ou experiência em preparar, treinar e aperfeiçoar pessoal.

Wolfgang K.L.

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