- 03 de abril de 2019

Professor que virou gerontólogo

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A expansão dos VIPPES na população criará novas atividades profissionais além de potencializar outras que operam em condições pouco expressivas. Em todos os casos será preciso programar uma reeducação para o trabalho.

imortal02Médicos geriatras tornar-se-ão imprescindíveis para a melhoria das condições de saúde dos VIPPES bem como para a redução dos seus custos. Como o tempo para preparação de um geriatra é estimado em quinze anos, não haverá tempo suficiente para aperfeiçoar médicos de outras especialidades para tratar dos milhões de VIPPES que virão já nos próximos sete anos.

A solução será a criação de novos cursos de especialização sob novas didáticas e com instrutores/professores altamente competentes e sob uma logística educacional de qualidade insofismável. Clínicos gerais, cardiologistas, reumatologistas, pneumologistas e outras especialidades fora da área cirúrgica precisarão se adaptar às insuficiências naturais e patológicas dos VIPPES. Paralelamente, os currículos de faculdades de medicina terão que se adaptar ao novo mundo envelhecido.
Quanto a farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, cuidadores e psicólogos, a reeducação profissional tem que ser precisa e completa: no protocolo técnico e no tratamento sociológico. Ainda no campo da saúde teremos que contar com uma formidável equipe de gerontólogos. Não são médicos, mas especialistas em idade mais avançada e suas características.

Em princípio, muitos profissionais de áreas da saúde podem ser treinados e passarem a exercer a gerontologia. Até alguns profissionais com determinadas características e não ligados à saúde poderão fazer parte dessa ampliação da atividade. Não será estranho encontrar alguns gerontólogos originados das cátedras.

Mas a reeducação é muito mais ampla que os exemplos citados e alcançam os VIPPES de forma muito ampla.

A oportunidade para a criação de toda uma logística educacional no ângulo profissional será um desafio espetacular para todos os setores da inteligência nacional.  Os VIPPES que retardarem a sua aposentadoria ou que já aposentados precisarem retornar ao mercado de trabalho (por imposição da própria sociedade), precisarão se reciclar para o exercício profissional. Aqueles que irão retornar ao mercado de trabalho não o farão necessariamente nas mesmas atividades. Algumas até deixarão de existir em função de novas tecnologias ou por motivo de redução de custos. Em contrapartida, novas atividades surgirão também em função de novas tecnologias e redução de custos.

Já os VIPPES que permanecerem mais cinco ou dez anos na atividade, precisarão se adaptar aos novos padrões operacionais. Se não for por motivo técnico, possivelmente deverão acontecer por razões de capacidade física e, assim, permitir que mesmo com mais dificuldades, ainda assim os VIPPES possam apresentar aceitáveis graus de produtividade.

Dessa forma, o aspecto da reeducação profissional é de uma amplitude que por si só exigiria um verdadeiro ministério governamental para estabelecer uma política nacional de ação ou criar uma secretaria especial para cuidar apenas desse objetivo.

Germano Hansen Jr.

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