Foi-se o tempo em que a imagem dos idosos era associada a pijama, cadeira de balanço e crochê. As empresas precisam mirar no potencial de consumo daqueles que chegaram a considerável posição de VIPPES.
A busca da felicidade é o auge. Hoje temos VIPPES que vão desde a fabricação de móveis até a prática do surfe. Caminhando pelas praias podemos encontrar “jovens” dos 60 anos em diante surfando.
Por que não abrir uma escola bacana para ensinar os VIPPES? O surfe queima as gordurinhas e ainda permite contato direto com a natureza. VIPPES têm coragem e não ficam olhando para areia. Com certeza, eles gostam de cair na água, se divertir, relaxar e gastar as tais calorias. O mercado precisa ficar atento à turma que vem aí. VIPPES não são peixinhos fora da água.
Enquanto muita gente só pensa em ficar em casa, VIPPES mostram que sempre é tempo de buscar coisas novas. Como a expectativa de vida nas últimas décadas aumentou – e muito – nada como aproveitá-los da melhor forma possível. O recuo dos preconceitos, além do avanço da medicina afastam cada vez mais a imagem da cadeira de balanço, do arrastar dos chinelos e estimulam realizações de projetos sempre adiados. Nesse contexto, aumenta a popularidade de um conceito que nos velhos tempos soaria estranho: aposentadoria empreendedora, ativa, repleta de vitalidade e associada à prática de um esporte.
A ideia vem seduzindo sessentões, setentões, octogenários e até nonagenários. O raciocínio é simples: em vez de esperar o dia D com um olho no calendário, o negócio é se convencer de que a vida começa aos 60 e planejar o futuro. É verdade que a aposentadoria no Brasil não é céu de brigadeiro. As carências são muitas e as falhas do sistema de saúde, insanáveis.
Por outro lado, que outra fase pode ser mais propícia para um homem ou uma mulher saudável dedicar-se a fazer o que gosta? Os filhos já cresceram, o stress ficou no passado e as economias pessoais garantem o mínimo de segurança.
Mona C. Cury