- 07 de abril de 2019

EXPO para VIPPES

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Foto: ReproduçãoNaturalmente, há centenas de milhares de deficientes físicos no País e principalmente na maior cidade, a de São Paulo. É relativamente fácil reconhecer deficientes físicos, seja através dos equipamentos e acessórios utilizados ou pela simples observação de dificuldades na mobilidade.

Por outro lado, os deficientes físicos contam com legislações específicas que procuram minimizar suas dificuldades ou pelo menos compensá-las. Como os VIPPES (50 anos em diante) aumentam sua participação no conjunto demográfico nacional, provocam um crescimento na quantidade de deficientes físicos, pois parte daqueles apresenta dificuldades na mobilidade, visão, audição, etc.

É, com certeza, uma deficiência diversa daqueles que a apresentam em função de genética, doenças, acidentes e causas não bem identificadas. Alguém que fica surdo aos cinquenta ou sessenta anos é totalmente diferente dos surdos que perderam a audição no nascimento ou na primeira infância, antes da fala e da alfabetização. Mas a consequência é a mesma: não ouvir ou ouvir mal.

Essa diferença é imprescindível para entender a necessidade de atendimento dos deficientes surdos pela idade. Eles não necessitam da linguagem de libra e nem possuem mais vontade e até mesmo condições para seu aprendizado. Mas querem ainda ouvir e pelo menos diminuir o grau de surdez.

Psicologicamente é pertinente a questão de saber quem sente mais a deficiência: o surdo pela idade ou aquele que nunca ouviu?

Aparelhos auditivos para deficientes surdos devem, portanto, apresentar especificações diversas de acordo com a natureza da patologia. Situações parecidas acontecem com outras deficiências. A redução da visão é relativamente comum nas pessoas mais velhas. Quanto à mobilidade, desnecessário lembrar as quedas que acabam tornando VIPPES dependentes de bengalas, andadores, cadeiras de rodas e de outros acessórios.

Assim, uma exposição para deficientes físicos deveria também compreender os VIPPES com deficiências físicas. Em quantidade eles já são mais que os deficientes físicos por outras causas que não a idade.

A Feira da REATECH não foi direcionada para os VIPPES deficientes. O espaço teria sido insuficiente. Mesmo sem os VIPPES, o público visitante lotou todas as dependências, desde o estacionamento até os stands.

Quanto aos serviços, equipamentos e bens oferecidos aos deficientes, escassos!
Comprova-se que ainda há muito caminho a percorrer: poucas empresas, raríssimos serviços qualificados e ausência de soluções.

Valeu, entretanto, por algumas novidades que podem melhorar e muito a vida dos VIPPES com deficiências e mobilidade reduzida, conforme algumas observações realizadas:

– Renault Duster Acessível (com piso rebaixado, acesso de cadeira de rodas pela traseira via rampa dobrável e cinto de três pontas para cadeirantes);

– Ergon CE-Comandos Elétricos (equipamento que proporciona o controle de comandos diversos – seta, faróis, lavadores de para-brisa e buzina – sem tirar as mãos do volante);

– Activity Chair Riffon (permite posicionamentos corretos dos VIPPES na cadeira de rodas com ajustes fáceis de executar dispensando ferramentas);

– Firefly (acessório compacto para motorização de cadeira de rodas manuais)

– Tarta (encosto ergonômico que promove adequação postural – muito indicado em vários níveis de escoliose)

– Tablet Prodigi (com recurso de leitura falada – escâner com voz e vídeo ampliador de mesa)

– Victor Reader (reprodutor em áudio de livros eletrônicos);

– Relógios de pulso (falantes e/ou táteis);

– Kit Radical (transforma, em poucos segundos, uma cadeira de rodas em triciclo motorizado elétrico – que proporciona trechos de subida de até 40% de inclinação a 5 km/h);

– Rotulador falado digital (modelo de pentop especialmente para permitir a rotulação e identificação de objetos para VIPPES com deficiências visuais);

– Audéo Q (aparelho auditivo para auxiliar no tratamento de VIPPES com zumbidos);

– Sinal Link Acessibilidade (placas de sinalização em braile e mapas táteis);

– Banheira da Linea Oceano (com porta lateral para VIPPES com deficiência física ou dificuldade de locomoção);

– Bebedouros de pressão BDF300 e 300 2T (para VIPPES com deficiência física, visual ou mobilidade reduzida).

Evidentemente, os preços de venda desses materiais especialmente desenvolvidos para pessoas com insuficiências ainda são muito elevados.

No futuro a REATECH poderia realizar uma EXPO específica para VIPPES, mas há ausência de locais com gigantescos espaços para receber as centenas de milhares de VIPPES com algum tipo de deficiência própria da idade.

G. Hansen Jr.

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