- 04 de abril de 2019

Acreditar! Só isso!

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Ainda há resistências na aceitação das mudanças gigantescas que o envelhecimento populacional vai começar a provocar nos próximos anos e em todo o decorrer deste século.

conscientizacao_agoraO envelhecimento populacional é um fato, uma realidade transparente. Não há necessidade de complexos cálculos matemáticos ou exaustivas demonstrações acadêmicas para demonstrar o que pode ser comprovado nas ruas, nos shoppings, nos consultórios médicos, nos supermercados e no transporte coletivo. A quantidade de pessoas de cinquenta anos em diante vai ocupando mais e mais espaços em todos os lugares.

Evidentemente há setores em que esse fato ainda não aparece, como no mapa da força de trabalho onde as pessoas de cinquenta anos em diante continuam a ser dispensadas para dar lugar a jovens que chegam agora ao mercado.

A partir de um determinado momento, também esse setor terá de contar com os VIPPES para a manutenção ininterrupta do trabalho. Será inevitável. Melhor seria se desde agora já houvesse uma visão estratégica capaz de evitar medidas emergenciais que sempre correm o risco de provocar soluções incorretas e de eficácia duvidosa.

Lamentavelmente, se antes havia tempo suficiente para o treinamento da juventude e a paciência pela espera dos resultados em longo prazo, o veloz envelhecimento populacional exigirá competência imediata e resultados “para ontem”. É fácil de perceber que a expansão em larga escala dos VIPPES com suas novas necessidades, vai criar projetos inéditos e que terão que atender com precisão o mercado. A experiência valerá muito nessa nova fase de mudanças da sociedade.

Outro dia o autor do artigo questionou um empresário do ramo alimentício sobre os planos de adaptação de seu negócio para o envelhecimento populacional. A resposta foi imediata:

“- Não me preocupo nem um pouco com a velharia. Um ou outro que aparece não modifica nada nos meus resultados”.

Achei que não havia da parte dele conhecimento suficiente sobre o tema. Então continuei:

“– Mas você já fez uma estatística para saber quanto realmente esses velhos representam no seu negócio? Realizou algum levantamento?

E ele não pensou para completar:

“- Não fiz e não vou perder tempo fazendo”.

“- Você leu as projeções do IBGE sobre o envelhecimento populacional?

A esta altura da “conversa” o empresário mostrou certa impaciência com o meu questionamento:

“- Eu li qualquer coisa a respeito, mas o que vai acontecer em 2040, 50 ou 60 não me dá faturamento nem hoje e nem no mês que vem. Meu problema é fazer caixa agora e daqui vinte anos eu quero é estar viajando e aproveitando a vida porque até agora eu só trabalhei duro e não fiquei rico”.

“- Com certeza você está certo de querer ganhar o máximo agora, mas se você não se adaptar às mudanças de mercado você não terá o sucesso que merece e que deseja”.

“- Eu vou me adaptar no momento em que eu perceber que a clientela começa a diminuir”.

“- Certo, mas não seria ainda melhor se você sempre tivesse uma clientela crescendo ao invés de perceber diminuição?”

O empresário olhou para mim e antes de responder parece que meditou um pouco. Fitou-me com certo olhar diferente e arrematou:

“- Isso eu não posso negar, é lógico! Ninguém gosta de perder clientes. Mas será que o mercado vai mesmo mudar?

“- Vai! Não dá mais para evitar”.

Percebendo que a frieza e convicção anterior foram substituídas pela dúvida, aproveitei para dar algumas informações da projeção populacional sob o ângulo etário.

Ele prestou atenção e anotou o endereço do Portal VIPPES Negócios.

Ao se despedir comentou:

“- Eu fiz uns dois ou três cursos e participei de conferências nos últimos dois ou três anos e não houve nenhuma referência para essa mudança de mercado. Se o que você me informou é realmente assim, a mudança é muito grande e se for tão rápida como esses números indicam, a coisa é ainda maior.”

Encerrei o aperto de mãos e a conversa com uma afirmação:

“- Amigo, acredite, só isso! Você vai ganhar muito dinheiro se sair na frente”.

Torquato Morelli

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